Como foram de Black Friday, compraram muitos livros? Eu tenho que confessar que comprei vários, inclusive, outras edições de um mesmo livro. Sim, sou dessas... rsrs. E era nesse ponto que eu queria chegar. Eu já tinha a trilogia de O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien, mas acabei comprando novamente, numa edição nova que eu queria há muito tempo. E como meu verbo regente ultimamente tem sido o desapegar, resolvi sortear aqui no blog a edição que eu já tinha. Não vou mentir, os livros já foram lidos por mim, mas apenas uma vez, e como eu cuido muito bem deles, estão novíssimos e em perfeito estado. Caso contrário, eu não sortearia, é lógico.
Junto com a a trilogia de O Senhor dos Anéis, coloquei junto uma edição de O Hobbit com a capa do filme, esta, sim, novinha e ainda no plástico. Então, se você ainda não tem esses livros e gostaria de participar do sorteio, saiba que são estas belezinhas aqui que você pode receber em casa:
Mas não é só isso!
Tenho um segundo kit de livros para sortear, então agora vocês sabem que serão dois ganhadores neste sorteio.
O segundo kit é formado pelos livros Criaturas e criadores, de Raphael Draccon e Carolina Munhoz, e O maravilhoso bistrô francês, de Nina George. Ambos os livros são novinhos, acabaram de chegar da editora.
Junto com os kits, também enviarei alguns marcadores para os ganhadores.
Então, recapitulando: Serão 2 kits e 2 ganhadores neste sorteio. O kit número 1 é formado pelos 3 livros da trilogia O Senhor dos anéis + O Hobbit.
O kit número 2 contém os livros Criaturas e criadores e O maravilhoso bistrô francês.
Vamos às regras:
1)Ser seguidor do O Blog da San (clique em PARTICIPAR DESTE SITE ao lado direito da página). É necessário ter uma conta de e-mail no Gmail para participar. Todo mundo tem. :)
2) Ter um endereço de entrega no Brasil.
ATENÇÃO: É obrigatório seguir o blog. Depois de preencher esse item no Rafflecopter, as demais opções são liberadas.
Você pode fazer o login com sua conta do Facebook ou preencher com seu nome e e-mail clicando em "use your name and e-mail".
Depois clique nos BOTÕES DO IT de cada opção para validar sua participação. Vocês podem se inscrever para ambos os kits, sem problema nenhum.
Gostaria de desejar tudo de melhor nessa data a cada um de vocês. Não sei como vocês celebram o Natal, nem se realmente o celebram, mas, independente disso, espero que o amor e a união que essa época do ano traz para mim também chegue a todos vocês!!
Também quero compartilhar com vocês o que o Papai Noel me trouxe esse ano (com uma forcinha minha), ele esteve adiantado, mas não achei ruim!
O Rei - J. R. Ward
Quem me conhece sabe que sou louca pela série Irmandade da Adaga Negra, e é óbvio que não deixaria de me presentear com esse livro lindo, que já estou devorando aliás...
A Mediadora - Meg Cabot
Uma amiga muito querida me apresentou a essa série e eu fiquei muito interessada, então, me dei os 6 primeiro livros da série! Eles vieram numa bolsinha linda e acho que vou gostar muito!
O Hobbit - J. R. R. Tolkien
E ganhei esse livro incrível, finalmente vou poder lê-lo (meus amigos devem estar gritando de alegria). Fiquei tão emocionada!!
E o que o Papai Noel andou levando pra vocês?
Bem, independente dos presentes, essa é uma data muito importante pra mim e desejo que vocês a celebrem com quem amam e que a felicidade esteja sempre presente!!
E aí, turma? Feliz 2014! \o/
Como estão de leituras neste começo de ano?
Vejam só que interessante: encontrei na internet um artigo que mostra a primeira animação de "O Hobbit", feita em 1966. Vocês já a conheciam?
Eu sabia que existia uma, mas nunca tinha visto.
Vale a pena conferir, mas aviso aqui que o vídeo está em inglês e infelizmente não tem legendas.
Por trás da obra está o ilustrador tcheco Gene Deitch. Junto com o conterrâneo Adolf Born, Deitch tinha a intenção de criar um longa-metragem de animação. Por causa de uma série de eventos inesperados que o artista explica em seu blog (em inglês), o filme ficou com pouco menos de 12 minutos. Mais do que o suficiente para que os fãs percebam dezenas de diferenças da adaptação em relação ao texto original de Tolkien.
No blog, Gene Deitch deixa claro que tomou algumas liberdades e que não tinha intenção de lançar o filme comercialmente nos anos 60 – foi apenas uma experiência criativa. Ele também diz que faria um filme totalmente diferente hoje.
**Comentando neste post, você pode participar do Top Comentarista do mês de Janeiro e concorrer a um super kit! Para se participar, comente neste post e se inscreva clicando aqui
Título original: The Hobbit Autor: J. R. R. Tolkien Editora: Martins Fontes Páginas: 320 Classificação:
Sinopse:Inesperadamente, Bilbo Bolseiro, um hobbit de vida confortável e tranquila no Condado recebe a visita de 13 anões e Gandalf que o arrastam em uma jornada através das montanhas e das terras ermas enfretando trolls, orcs, wargs, elfos para o resgate de um tesouro muito bem guardado por Smaug, o dragão. Bilbo se vê em diversas confusões e encontra algo que mudaria não só sua vida como de toda Terra-Média.
Por ser uma fã incondicional de O Senhor dos Anéis(quem me conhece sabe disso),
eu sempre dizia a mim mesma que um dia leria O Hobbit e os demais livros de
Tolkien. Então, com a proximidade da estreia do filme (li no final de Novembro)
eu me animei. Afinal, era uma história que se passava antes da grande aventura
de Frodo e eu queria saber como o anel havia chegado às mãos de Bilbo. Lá fui
eu ler O Hobbit.
Tudo começa numa manhã, quando Bilbo
recebe a agradável visita de Gandalf. O mago lhe pergunta se ele gostaria de
participar de uma jornada, mas Bilbo recusa imediatamente, pois, se há uma
coisa que um Hobbit preza muito é a comodidade e a rotina. Não gostam de nada
que abalem a segurança de que todas as coisas acontecerão como o planejado. Uma viagem traria uma infinidade de coisas inesperadas, então não, ele não iria a
lugar algum. Gandalf agradece a hospitalidade e se despede do amigo
alegremente, sem se deixar abalar pela recusa.
No dia seguinte, um a um, 13 anões chegam
à casa de Bilbo para planejarem a viagem, crentes que ele já estava a par de
tudo. O hobbit, por sua vez, estava cada vez mais confuso, sem saber de onde
surgiram os anões e por quê eles acreditavam que iria com eles, até que Gandalf
aparece, esclarece tudo e termina por convencer Bilbo a acompanhar os anões
nessa aventura, cujo objetivo era acabar com Smaug, o dragão, que vivia numa
montanha em terras muito distantes.
Bilbo e os 13 anões dão início à sua
jornada, passando por vários perigos. Tiveram batalhas com trolls, caíram em
armadilhas élficas, foram incansavelmente perseguidos por orcs, foram feitos
prisioneiros, se perderam... ufa! Até chegar à montanha de Smaug, eles passaram
por muitos riscos e dificuldades. E nada disso termina quando eles chegam ao
lugar. O livro é mesmo recheado de aventuras.
No entanto, confesso que me
decepcionei um pouco. Depois da grandiosidade de O Senhor dos Anéis, eu achava que O Hobbit seria igualmente grande,
mas não foi. É uma história legal, mas só. Uma criança de dez anos se
entusiasmaria mais com o livro do que eu.
Gostei muito das aventuras vividas
por Bilbo e seus amigos e também do fato de a mudança de seu caráter ser
totalmente perceptível no decorrer da história. No começo do livro ele é egoísta, chato, resmungão e só
se importa consigo. Durante a viagem e com tudo o que enfrentam, ele começa a
mudar bastante e, quando chegamos ao final do livro, temos um Bilbo solícito, de
boa índole, capaz de abrir mão de tudo para salvar seus amigos. Esse é um ponto
tremendamente positivo na história. As cenas do jogo de adivinhas entre ele e o Gollum foi muito legal e tenho curiosidade em ver como isso ficou no cinema. Beorn, um transmorfo, também é um personagem muito interessante e deve ter ficado show no filme, embora ele só vá aparecer no próximo, eu acho.
Os anões são folgados demais. Só
pensam em comer e são covardes até os ossos, sempre deixando o trabalho mais
pesado e perigoso – ou seja, TODO o trabalho – para Bilbo. Isso me irritou
bastante, pois eu esperava muito mais deles, já que Gimli, em O Senhor dos Anéis, é corajoso e
valente.
Sobre a morte de Smaug, então, minha
frustração é sem tamanho, mas não vou dizer o motivo, pois seria spoiler. Se
alguém quiser saber, me pergunte depois e eu conto em particular.
Pra concluir, afirmo que é um livro
legal, mas que não é tuuuudo isso que dizem por aí e passa longe da
grandiosidade de O Senhor dos Anéis.
Por ter me decepcionado um pouco com o livro,
acabei por não ir ao cinema ver o filme, até porque este foi dividido em três partes. Então resolvi esperar pra ver em casa mesmo,
não me animei. No entanto, fica o trailer aqui pra quem ainda não tiver visto.
Pelo que me parece, essa pode ser uma das raras vezes em que, pra mim, o filme supera o
livro. Vamos ver.
Em tempos de lançamento do filme O Hobbit e do lançamento do livro A Sabedoria do Condado, a editora Novo Conceito publicou em seu blog um texto do autor do livro. Eu li e achei interessante, então quis reproduzir aqui para vocês. Aí vai:
Ao longo da minha vida, ainda não superei a sensação surpreendente de
felicidade ao descobrir mais alguém que ama Tolkien. Eu já vi seus livros nas
estantes de escritores famosos e de fazendeiros diligentes, pessoas de sucesso
nos negócios e engenheiros de tecnologia de última geração. Todos esses homens
e mulheres compartilham algo em comum: eles amam aos hobbits mais que quaisquer
outras personagens dos contos de Tolkien. Isso é porque existe uma qualidade na
natureza dos hobbits (e não nas personagens chamadas hobbits) que os permitem
viver dentro de nós de modo profundo e duradouro. Em meu livro, A
Sabedoria do Condado (The Wisdom of the Shire), eu demonstro como
nossas vidas podem ser melhores se algumas das características dos hobbits se
tornassem nossas também.
Aqui estão 13 lições que podemos aprender com o Condado:
1. Coma como um Brandebuque, beba como um Tûk
Os hobbits são, possivelmente, os glutões mais adoráveis da literatura. Eles
comem seis refeições por dia, conforme Tolkien nos conta no Prólogo de O
Senhor dos Anéis, pelo menos “quando podiam tê-las”. O que era tão
atraente na comida do Condado para os hobbits? Ela era composta pelos tipos
mais básicos de alimentos – batatas, bacon, pão e manteiga, cerveja escura e,
claro, cogumelos. Mas às vezes, as coisas mais simples, cozidas da maneira
correta, são as mais saborosas. Comida de hobbit é “sopa de cogumelos para a
alma”. Quando nos alimentamos com fast-food, é o mesmo que estarmos nos
alimentando com gororoba de Orc. Hobbits, como Merry e Pippin, estão
constantemente deliciados e maravilhados com as coisas que comem e bebem. Uma
refeição é um evento prazeroso e uma reafirmação da vida.
2. Felicidade é uma toca-hobbit aconchegante
Quão confortável é a sua toca-hobbit? Os hobbits vivem em lares
aconchegantes, artesanais, construídos nas encostas de montes, com dispensas
bem estocadas, cadeiras macias e lareiras. Bilbo encontra forças na lembrança
de seu lar quando ele está em sua aventura angustiante com os Anões. Pense em
um lugar em que esteve em sua vida que possua essa qualidade pacífica. Pode ser
a sala de estar de seus amados avós, ou o estúdio de uma afetuosa professora de
música, ou o apartamento de seu melhor amigo. O que há nesse lugar que lhe fez
se sentir em casa? Em algum momento, seu inconsciente ‘plantou raízes’ lá –
nessa toca-hobbit do seu coração – e você pode levar essa sensação onde quer
que você vá. Claro, assim como Bilbo descobriu ao final de O Hobbit,
um quarto aconchegante é algo agradável pelo qual voltar para casa.
3. Homens barbados com bombas devem desaparecer
Frodo, Sam, Merry e Pippin estão realmente lutando por algo de valor
inestimável durante a Guerra do Anel – por amizade e pelo amor ao Condado. E é
por isso que eles ficam arrasados ao retornar ao Condado e descobrir que o
malvado Saruman assumiu o controle de sua terra igualitária, destruiu e poluiu
Hobbiton, e impôs uma lista de leis ridículas e despóticas. Tolkien odiava a
ideia de “homens barbados com bombas” governando o mundo. Os hobbits, exemplo
de ímpeto e coragem para Tolkien, reagiram à situação alarmante com decisão e
determinação, afugentando os invasores e prontamente começando o trabalho de
limpeza de sua terra devastada. Às vezes, leis desconcertantes criadas por
homens imperfeitos precisam ser revistas e substituídas por padrões de bom
senso, no estilo dos hobbits.
4. Até magos precisam dormir
Hobbits dormem o máximo possível, onde e quando puderem, mesmo se eles
tiverem que se recolher no topo das casas nas árvores dos Elfos ou tirar um
cochilo nas terras estéreis de Sauron. Tolkien gostava de acordar tarde, assim
como Bilbo (o mestre de Bolsão quase perde a chance de partir em sua aventura
com os Anões porque ele acorda bem atrasado). Se o sono é negado às pessoas por
um tempo longo o bastante, elas vão enlouquecer como Frodo, o insone, em Mordor. Ao invés de
postar “estou com sono” em sua próxima atualização do Facebook tarde da noite,
ao mesmo tempo em que está assistindo filmes ruins no NetFlix, tente ir para
cama mais cedo. Até o mago Gandalf – um Istari angelical – tem que descansar de
vez em quando. Bom
sono o deixa saudável, feliz e menos passível de provocar a ira de um dragão,
algo que Bilbo, privado de boas noites de sono, aprende do modo mais difícil.
5. Avareza é para Dragões e Sacola-Bolseiros
É verdade que a sedução de um tesouro foi o que fez Bilbo juntar-se a Thorin
e sua companhia de Anões. O Hobbit simplesmente quer aventura! Depois que Smaug
é destruído, os Anões ficam enfeitiçados pelo ouro acumulado pelo dragão.
Bilbo, enojado com comportamento tão grosseiro, rouba a famosa Akenstone – uma
joia preciosa e bela – e a presenteia a Thranduil, Rei Elfo da Floresta das
Trevas, para evitar uma guerra com os Anões. Thorin fica furioso com Bilbo
quando descobre e quer matá-lo, porém mais tarde, em seu leito de morte, ele
implora ao Hobbit por perdão. Ele percebe que riquezas não possuem valor sem
amigos verdadeiros ao seu lado. Bilbo passa o resto da vida distribuindo sua
riqueza – compartilhando-a com sua família e seus amigos, pois ele aprendera
que avareza é uma característica mais adequada a dragões e Sacola-Bolseiros
apaixonados por ouro.
6. É divertido se sujar
Existe grande interesse dos pequeninos pela horticultura, e não apenas para
propagar a erva-de-fumo. Um dos trabalhos mais respeitados no Condado é o de
jardineiro, e isso ocorre porque os habitantes do Condado celebram a vida em um
lugar em que as pessoas estão completamente ligadas à terra. Tente cavar você
mesmo um pequeno jardim e saiba como é gratificante ver a terra recém-tratada,
pronta para o plantio. E espere até que você tenha cultivado aquele tomate
perfeito. Você vai entender porque Sam vive sonhando com seu jardim quando está
nas terras desoladas de Mordor, ou porque Tolkien gostava tanto de seu pequeno
jardim. Cultivar seu jantar de uma semente plantada e cultivada por sua própria
mão é mais impressionante do que mágica.
7. Estes pés peludos são feitos para andar
Os hobbits vivem em um mundo em que não há carros ou trens ou dispositivos
ridículos como o Segway. Assim, o melhor modo de viajar pelo Condado é andando.
Não é nada para um hobbit caminhar 20km ou mais em um dia (eles são abençoados
com pés gigantes, afinal). Muitos de nós já ouvimos histórias de nossos avós
sobre como eles tinham que andar quilômetros para ir e voltar da escola.
Caminhar por longas distâncias costumava ser a regra em nossa sociedade. Um
estudo recente sobre Zonas Azuis ao redor do mundo – pequenas áreas da
civilização onde pessoas vivem mais e de modo mais saudável – demonstrou que
caminhar é um dos segredos da longevidade. A menos que nós queiramos ficar como
o Fredegar Bolger (o habitante mais roliço do Condado), nós precisamos começar
a caminhar como um hobbit.
8. Festeje como um pequenino
Aniversários são muito importantes para os hobbits. E eles possuem um jeito
único de celebrá-los. Ao invés de ganhar presentes, eles dão presentes. Mas
hobbits não dão presentes grandiosos. Eles representeiam com pequenos tesouros
chamados mathoms – coisas que estão esquecidas em suas tocas. Não seria uma
mudança agradável, nessa era de consumismo evidente, dar a você mesmo um
aniversário hobbit? Claro, nenhuma festa estaria completa sem uma comemoração no
estilo dos hobbits. Convide seus amigos e sua família. Tire os sapatos. Relaxe
com música. Coma e beba e dance sobre as mesas. E deixe a faxina para o dia
seguinte. Você não vai se arrepender.
9. O estilo ameno de Hobbiton
Uma das coisas mais reveladoras em O Senhor dos Anéis é que o
livro trata de uma aventura épica, com cercos gigantescos e seres demoníacos,
feiticeiros malvados, exércitos de fantasmas e poderosas árvores falantes e,
ainda, ele termina de modo simples e calmo com Sam Gamgi voltando para sua
pequena casa, onde sua esposa e sua filha estão esperando por ele. Para Sam, a
felicidade, sem dúvida, é segurar sua filha no colo. E, de acordo com os
apêndices, nós descobrimos que Sam e sua esposa Rosie tiveram mais doze filhos.
(Agora você sabe o que realmente estava acontecendo naquelas toca-hobbit!)
Tolkien, a propósito, esteve casado com o amor de sua vida, Edith, por cerca de
cinquenta anos. Eles tiveram quatro hobbits próprios.
10. Não irrite as Gigantescas Árvores Falantes
Tolkien escreveu que os hobbits tinham uma “amizade profunda com a terra”. É
um belo modo de dizer que eles faziam parte do Condado do mesmo modo que a
terra, as pedras, rios e árvores faziam. Os habitantes do Condado praticavam a
suficiência – tirando das terras e da floresta apenas o que precisavam. E seu
modo de vida também era sustentável – tudo que tinham vinha dos limites do
Condado. Em nosso mundo, a natureza está sob ataque. Megacorporações são, na
verdade, como o corrupto Saruman, que corta as arvores da Floresta de Fangorn
para abastecer as máquinas deformadas, que ele construíra nos confins de
Isengard. Se não mudarmos nossos hábitos, nossas árvores poderão finalmente
ficar de saco cheio e vir atrás de nós com um exército de Ents enraivecidos.
11. As crianças (hobbits) estão bem
O Condado era um lugar amigável para crianças. Muitos hobbits viviam com
grandes famílias e muitas crianças correndo por todo lado. Frodo e seus primos
podiam passear pelos campos, explorar seu mundo com uma liberdade que poucas
crianças em nosso mundo podem usufruir. No verão, os hobbits não ficavam presos
em suas tocas o dia todo, jogando vídeo games ou assistindo TV. Eles estavam
contentes em trabalhar nos campos com suas famílias, ou admirar as estrelas,
aprender sobre as árvores e animais do Condado, ou experimentar a alegria de
colher cogumelos nas florestas dos fazendeiros vizinhos (ou ainda dar uma
espiadela no diário misterioso de seu tio). Bilbo criou Frodo sozinho depois
que ele veio morar em Bolsão e ele pode muito bem ser o primeiro pai solteiro,
dono de casa, da história da literatura. E Frodo acabou bem, certo?
12. Amigos não permitem que amigos mergulhem na Montanha da Perdição
sozinhos
Há uma camaradagem especial entre os habitantes do Condado que vai além de
simples amizade. Os hobbits compartilham um laço que não pode ser quebrado.
Eles vão brigar por um prato de cogumelos levemente fritos na manteiga, claro,
mas eles dariam suas vidas para salvar um ao outro. O amor platônico de Sam por
Frodo é ainda mais poderoso do que o Anel e lhe dá força para enfrentar
desafios aparentemente insuperáveis, incluindo invadir sozinho uma torre cheia
de Orcs maníacos, lutar contra uma aranha monstruosa e encarar um lunático
extremamente obcecado com o Anel chamado Gollum. No final, talvez, a grande
ameaça ao mal de Sauron não eram os exércitos, mas sim os laços de amor que não
permitiram que os hobbits deixassem seus amigos cair na escuridão e no
desespero sozinhos.
13. Livre-se disso, livre-se disso agora
A maior qualidade de Frodo pode ser seu foco. Uma vez que ele decide aceitar
a responsabilidade de destruir o Anel, ele não desistirá. Ele parte para Mordor
sabendo que pode não voltar ao seu amado Condado. Seu foco contamina Sam, que
toma para si o fardo pesado do Anel quando Frodo é capturado por Orcs. Sam e
Frodo passam por atribulações agonizantes no reino negro de Sauron, enfrentando
seus piores pesadelos. Eles vencem esses desafios através da pura força de
vontade. Todos nós temos um Anel para carregar. O segredo está em carregá-lo
por quanto tempo for necessário e, quando chegar a hora, arremessá-lo ao fogo e
nos livrarmos do fardo. Veja-o derreter.
Noble Smith é o autor de A Sabedoria do Condado (www.asabedoriadocondado.com),
lançado, no Brasil, pela Editora Novo Conceito. Ele é um roteirista premiado
que já trabalhou como produtor de documentários, escritor de roteiros de vídeo
games e diretor de comunicação para uma organização pelos diretos humanos.
Siga-o no Twitter: www.twitter.com/ShireWisdom.