Mostrando postagens com marcador Editora Intrínseca. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Editora Intrínseca. Mostrar todas as postagens

O presente do meu grande amor - Organizado por Stephanie Perkins





















Título original: My true love gave to me
Autores: Holly Black, Ally Carter, Matt de la Peña, Gayle Forman, Jenny Han, David Levithan, Kelly Link, Myra McEntire, Stephanie Perkins, Rainbow Rowell, Laini Taylor, Kiersten White
Editora: Intrínseca
Páginas: 352

“Natal tem a ver com novos começos..”

Particularmente, eu não sou uma grande fã de contos e antologias. Já gostei muito. Inclusive, na época da faculdade, li dezenas e dezenas de contos para as aulas e/ou por curiosidade mesmo. Mas hoje não mais.

Assim, quando comprei O presente do meu grande amor, levei mais de um ano para ler. E qual não foi minha surpresa, ao gostar muito do livro? Sim, porque não sou fã de contos, mas eu adoro o Natal e toda a magia/fantasia/misticismo/breguice/purpurina que permeiam o mês de Dezembro. Dessa maneira, fiquei muito feliz ao constatar que caí de amores pelo livro. Obviamente não amei todos os contos, mas gostei muito da maioria deles, e vou tentar falar um pouquinho de cada um aqui:

“Meias-noites”, de Rainbow Rowell. O conto descreve quatro noites de Ano Novo em diferentes anos: Mags e Noel se conhecem no primeiro e continuam se encontrando e tornando-se mais próximos nos anos seguintes. É bem aquele clima de romance entre melhores amigos e tão doce quanto se pode ser durante as festividades de Dezembro. Gostei muito desse primeiro!

“A dama e a raposa”, de Kelly Link. Todos os anos, na noite de Natal, a jovem Miranda é visitada por um desconhecido, sobre quem ela procura saber mais e, eventualmente, por quem acaba se apaixonando. Há um tom melancólico no conto, mas mesmo assim acho que vale a leitura. Não foi meu conto favorito, mas ainda posso afirmar que ele faz parte dos contos que gostei.

“Anjos na neve”, de Matt de la Peña. O calouro Shy Espinoza, primeiro membro de sua família a conseguir ir para a faculdade, está tendo um Natal escasso e solitário, até que ele conhece sua linda vizinha Haley. Esse é um dos contos mais fofos do livro e um dos meus preferidos também! O livro já vale só por causa dele.

“Encontre-me na Estrela-do-norte”, de Jenny Han. Neste conto, o Papai Noel tem uma filha humana adotiva chamada Natalie, que está perdidamente – e sem esperança – apaixonada por um elfo. O conto começa muito bonitinho e mágico, mas, na minha opinião, acaba bem bleh. Tenho que dizer, eu sou fã de Jenny Han e adoro todos os seus livros, sem exceção. Porém, sinceramente, acho que ela não foi feliz na escrita desse conto. Esse foi um dos que eu não gostei.

“É um milagre de Yule, Charlie Brown”, de Stephanie Perkins. Aqui conhecemos Marygold, uma chinesa filha de hippies, que quer comprar uma árvore de Natal, e North, o rapaz fofo que a vende a dita árvore para ela e despenca em sua vida da forma mais doce e fofa possível. Além de doce e fofo, o conto é bem engraçado, o que já deixa bem claro que esse também foi um dos meus favoritos. Amei a história desses dois! <3

“Papai Noel por um dia”, de David Levithan. Um rapaz judeu recebe um pedido que mais parece um desafio: fantasiar-se de Papai Noel e fazer uma surpresa para a irmã caçula de seu namorado. Vários obstáculos acontecem, mas o fim acaba satisfatório. Para o rapaz. Apesar de ter achado o máximo ter a história de um casal gay na antologia, achei bem sem graça a história. Não está na minha lista de Gostei.

“Krampuslauf”, de Holly Black. Neste conto, um garoto fantasiado de Krampus, o ajudante demoníaco do Papai Noel, muda o rumo da história toda. A história é similar ao “Anjos na neve”, mas com uma pitada de fantasia. Sinceramente, gostei muito mais de “Anjos na neve”. Não gostei muito deste conto, não.

“Que diabos você fez, Sophie Roth?”, de Gayle Forman. Sophie é uma garota de Nova York e caloura numa universidade no interior do país, onde todo mundo a acha um tanto fresca e garota-da-cidade-grande. As coisas começam a mudar quando ela conhece Russell, que não só é a única pessoa que a compreende, como também a ajuda a celebrar o Hanukkah mesmo na terra do Natal. É um romance inter-racial (Sophie é branca e Russell é negro), o que eu acho bem legal, e a história passa-se toda em uma noite. O conto é bem-humorado e alegre, eu gostei bastante!

“Baldes de cerveja e Menino Jesus”, de Myra McEntire. Neste conto, um adolescente de má reputação é obrigado a fazer parte da encenação de Natal da cidade como castigo por suas últimas práticas desastrosas. Isso o aproxima de Gracie, a filha de um pastor, que é a filha exemplar, sempre gentil e pronta a ajudar quem quer que seja. Este conto também é muito fofinho e engraçado, e traz aquela velha lição de moral de que o amor pode transformar tudo.

“Bem-vindo a Christmas, Califórnia”, de Kiersten White. Maria não vê a hora de deixar sua cidade natal chamada Christmas, na Califórnia, para se mudar para uma cidade “de verdade”. O problema para ela é que, como o próprio nome da cidade diz, é Natal. Todos os dias. O ano todo. A cidade tem decoração natalina fixa e o comércio é todo temático, o que atrai muitos turistas, mas está longe de ser divertido para Maria, que quer sair de lá o quanto antes. Até que um rapaz muito fofo e ótimo cozinheiro começa a trabalhar no restaurante de sua mãe. Rick é super doce, fofo e tem uma habilidade incrível: ele tem o dom de cozinhar a comida preferida de cada pessoa que entra no restaurante, sem saber nada a respeito delas. Dessa maneira, Rick mostra a Maria que pode, sim, haver beleza no Natal, mesmo ele durando o ano todo. Esse também é um conto muito fofo e um dos que eu mais gostei!  

“Estrela de Belém”, de Ally Carter. Uma garota solitária resolveu fugir de tudo e de todos e acaba trocando de passagens com uma outra menina que também não quer ir para onde precisa. Ao chegar ao seu destino, nossa fugitiva encontra-se no meio de uma família maravilhosa e muito receptiva, que acredita que ela seja a namorada de um dos garotos ali, e que, obviamente, ela e ele sabem que ela não é. Toda essa bagunça acontece durante as festas natalinas e ela precisa pensar rapidamente em como vai sair dessa enrascada. O conto é até bonitinho e tem aquele tom sentimental. Gostei, mas não está entre meus preferidos.

“A garota que despertou o sonhador”, de Laini Taylor. Esta é a única história não-contemporânea. Os nomes parecem irlandeses, a época em que se passa a história não é mencionada, mas é uma época antes de o Cristianismo ter se tornado a “religião padrão”. Neve é a protagonista e ela precisa lidar com os problemas de sua vida e os presentes estranhos que ela recebe nos 24 dias que antecedem o Natal, só descobrindo no fim quem é seu remetente e o motivo de ela ter recebido tais presentes. Sinceramente, bem chatinho. Não gostei.

Bem, estes são os contos contidos em O presente do meu grande amor. Apesar dos contos que mencionei não ter gostado, no geral eu amei o livro e fiquei encantada com tantos momentos lindos descritos no ali.

Se você gosta de Natal e de coisinhas fofas e adoráveis, O presente do meu grande amor é o livro perfeito para você ler nesta época! Recomendo muito!



Let it snow - John Green, Maureen Johnson, Lauren Myracle





























Título: Let it snow
Autores: John Green, Maureen Johnson, Lauren Myracle 
Editora: Speak
Páginas: 352


"Debbie precisou se levantar e me servir uma fatia grossa de bolo antes de responder. E digo grossa de verdade. Tipo o sétimo livro do Harry Potter. Eu conseguiria derrubar um assaltante com aquela fatia de bolo."


Let it snow é um livro formado por três contos diferentes, cujos personagens são (quase todos) bem interessantes. As histórias se entrelaçam de uma maneira muito bonitinha, embora cada uma delas possa ser lida de maneira independente e, mesmo que vejamos os personagens cruzando as histórias uns dos outros, é de uma maneira bem leve, até que todos terminem no mesmo lugar ao final do livro. Agora, falarei um pouquinho de cada conto:


“O expresso Jubileu”, de Maureen Johnson. Neste conto, conhecemos a jovem Jubileu, cujo Natal foi arruinado porque seus pais foram presos em razão de uma confusão de Natal. Por esse motivo, para que não fique sozinha, ela precisa pegar um trem para a Flórida, para ficar com seus avós até que seus pais saiam da cadeia. O problema é que, devido a uma nevasca, o trem é obrigado a parar no meio do caminho, numa cidade chamada Gracetown, e onde Jubileu descobre que tudo pode acontecer. Esse conto é uma gracinha e, dos três, o meu preferido!


“O milagre da torcida de natal”, de John Green. Tobin combinou com seus amigos que passariam a véspera de Natal fazendo uma maratona de filmes do James Bond, que todos adoram. Porém, um amigo lhe telefona e informa que a Waffle House onde ele trabalha está cheia de líderes de torcida e insiste que Tobin deve ir para lá imediatamente, o que ele faz sem pestanejar. Mas para chegar até a Waffle House, ele e seus amigos precisam atravessar a cidade no meio da neve, o que não torna as coisas muito fáceis. Apesar de esse ser o conto do John Green, que é um dos autores de quem mais gosto, é o conto que eu menos gostei dos três. Aliás, não gostei mesmo. Ponto.  Achei bem fraquinho.


“O santo padroeiro dos porcos”, de Lauren Myracle. Addie acabou de terminar com o namorado e está muito deprimida por causa disso. Como se não bastasse esse momento difícil, sua amiga Tegan a acusa de ser muito egoísta e de só pensar em si mesma. Para provar que isso não é verdade, Addie assume para si a responsabilidade de buscar para Tegan o miniporco que ela comprou num pet shop. O problema é que muitas coisas acontecem e saem do controle, o que deixa Addie com um problemas cada vez maiores. Esse conto também é muito engraçadinho e bonitinho, embora o de Maureen Johnson ainda continue sendo meu preferido.



Mesmo sendo apenas três contos e um deles sendo meio chato, Let it snow ainda é um livro fofo, com aquele clima de Natal que a gente tanto gosta nas histórias, e consegue nos tirar um belo sorriso do rosto no final. Recomendo!



Ps: Apesar de ter lido em inglês, o livro já foi lançado no Brasil com o nome de Deixe a neve cair, pela Editora Intrínseca. 



Sonhos com deuses e monstros - Laini Taylor


Título original: Dreams of gods and monsters
Autora: Laini Taylor
Editora: Intrínseca
Trilogia: Feita de fumaça e osso - livro 3
Páginas: 560


"Há o passado, e há o futuro. [...] O presente não é nada mais do que o único segundo que os separa.Vivemos equilibrados neste segundo enquanto ele se lança para a frente; e em direção a quê? [...] Quanto a mim, eu quero que essa alguma coisa seja... [...] vida."


Diferente das minhas resenhas dos livros anteriores da trilogia, eu não contarei muito da história aqui, apenas minhas impressões, afim de não deixar spoilers para quem ainda não leu.

Já não é segredo o quanto eu me tornei fã de Laini Taylor por causa dessa trilogia. A escrita é espetacular, o mundo construído pela autora é fantástico, a ação é sempre na medida certa e a história de amor entre Karou e Akiva é perfeita, sem contar os demais personagens, que são brilhantes.

Sonhos com deuses e monstros termina a trilogia lindamente! A autora fez um trabalho brilhante ao recapitular os eventos dos livros anteriores.

Claro, a história entre Karou e Akiva foi a minha parte favorita no livro, tanto pelo amor deles quanto pela cumplicidade de ambos em tentar criar o mundo com o qual tanto sonharam, presenteando os leitores com vários momentos ternos e doces.

Os personagens secundários, mais uma vez, brilharam por toda a narrativa e colaboraram muito para o enredo fantástico. Mike e Zuzana estavam mais fortes, totalmente leais e cúmplices e, principalmente, completamente hilários! Ziri foi uma surpresa muito boa e eu fiquei muito feliz com o rumo e o fim que o personagem teve, ele não merecia menos!

Liraz, irmã de Akiva, foi minha maior surpresa. Ela mudou e evoluiu tanto! Deixou de ser uma lagarta muito corajosa para se transformar numa linda e forte borboleta. <3

Os momentos de lutas e batalhas foram tão bem-escritos que eu me vi prendendo a respiração em vários deles, sofrendo com os personagens. E o fim, minha gente? E o fim? Só posso dizer que foi lindo e justo, nada mais que isso.

Enfim, se você ainda não leu a trilogia Feita de fumaça e osso, corre pra ler, porque vale muito a pena. A história torou-se uma das minhas preferidas entre os YAs sobre anjos.

Recomendo muito!






Livros anteriores:

Dias de sangue e estrelas - Laini Taylor

Título original: Days of blood and starlight
Autora: Laini Taylor
Editora: Intrínseca
Trilogia: Feita de fumaça e osso - livro 2
Páginas: 448


‘‘Nós sonhamos juntos com um mundo refeito, ficava pensando. Tinha sido o sonho mais lindo, que só podia ter acontecido como acontecera: um sonho que nasceu da misericórdia e se alimentou de amor. E ela não conseguia pensar no futuro, na paz, sem se lembrar da mão de Akiva em seu coração e da sua na dele.’’


ATENÇÃO: Esta resenha contém spoilers para quem não leu Feita de fumaça e osso, o primeiro livro da trilogia.

No primeiro livro, que foi o meu favorito de 2015, nós conhecemos Karou, uma estudante de artes, de 17 anos, que tem o cabelo azul, e que era uma humana adotada por quimeras, mais conhecidos pelos humanos como demônios. E então ela se apaixonou por Akiva. Um anjo.
Dias de sangue e estrelas começa logo depois dos eventos do primeiro livro.  Karou desapareceu sem deixar vestígio. A mídia está em frenesi  com as visões de anjos acontecendo em todos os lugares e a misteriosa garota de cabelo azul na ponte. Algumas pessoas, como o ex-namorado de Karou, estão tirando proveito desse interesse da mídia para se promover. Outros, como a melho amiga de Karou, Zuzana, estão preocupados. Na verdade, Zuzana teme que o pior tenha acontecido e que sua melhor amiga esteja morta.
Mas Karou, é claro, está bem viva, mas não quer falar com ninguém. Ela é humana, mas agora ela recuperou sua memória e se lembra de sua vida anterior, quando ela era Madrigal, uma quimera, que acabou dando uma considerável contribuição para piorar a guerra entre anjos e quimeras.
Enquanto Karou está tentando resolver seus conflitos, Akiva está destruído por causa do erro que cometera com ela.
Sob a perspectiva dos anjos, o que ele fez era o certo. Ele destruiu a fonte de poder do inimigo. Afinal de contas, um exército de almas que nunca morrem de verdade acaba por ser um poderoso inimigo. No entanto, ao fazer isso, ele destruiu a família e a vida de Karou e percebeu, tarde demais, que, sem aquela fonte de poder, ele jamais reencontraria sua amada Madrigal, que agora usava um corpo humano sob o nome de Karou.
Por causa disso, ele tenta corrigir os seus erros. Ao se lembrar dos sonhos que um dia ele compartilhou com Madrigal, ele percebe que nesse infindável ciclo de guerra e derramamento de sangue não há vencedores, apenas sangue. Então ele começa a se rebelar de uma maneira bem sutil, para que os demais anjos não percebam.
Devagar, enquanto um exército de quimeras está sendo criado do outro lado do mundo – deste mundo –, Akiva começa a erguer seu pequeno exército para lutar pela paz entre anjos e quimeras. 

Depois de ler – e amar – Feita de fumaça e osso, eu sinceramente não sabia que rumo a história tomaria. A revelação de Akiva destruiu meu coração e eu tive medo de que, neste segundo livro, passássemos apenas por alto sobre o amor dos dois. Felizmente isso não aconteceu. Karou não se esqueceu de Akiva. Na verdade, é justamente pelo fato de não esquecê-lo que ela acaba tomando as decisões que tomou.
Zuzana, que não era tão importante no primeiro livro, ganha uma participação muito maior neste segundo e nos garante toda a parte divertida da história.
Neste segundo livro nós também temos uma ideia melhor de como funciona a sociedade angelical, quem são seus líderes e quais são as suas regras.
O que mais me chamou atenção na trama foi todo esse clima de redenção e penitência. Houve um tempo em que Akiva e Madrigal sonharam com um mundo melhor. Infelizmente, o amor dos dois foi proibido e a punição por isso só fez piorar a guerra entre anjos e quimeras. E agora não se sabe ao certo se algum dia eles poderão recuperar esse amor. A desconfiança está em toda parte. Até mesmo Karou, que se juntou aos quimeras e começou a ajuda-los, é alvo de muitas suspeitas. Ninguém se esqueceu do que ela fez em sua encarnação passada nem de por quem ela se apaixonou. No entanto, Karou suporta esse tratamento em memória de sua família. Mesmo quando anjos e quimeras se unem, não é porque querem paz, mas sim porque têm um inimigo em comum.
Enfim, Dias de sangue e estrelas foi uma ótima sequência para Feita de fumaça e osso. É um livro mais verdadeiro e muito mais carregado de intensos sentimentos, desde a ira e a mágoa mais profundas até o mais forte amor.
Eu mal posso esperar para ler o último livro da trilogia – que eu já tenho, graças! – e ver como termina essa história fantástica.

Recomendo muito!



Livros da trilogia:
2. Dias de sangue e estrelas
3. Sonhos com deuses e monstros

Belgravia - Julian Fellowes

Título original: Belgravia
Autor: Julian Fellowes
Editora: Intrínseca
Páginas: 368


"A ambição, a inveja, a raiva, a avareza, a bondade, o altruísmo e, sobretudo, o amor sempre foram e sempre serão poderosos a ponto de motivar as nossas escolhas."


Do criador da série de tv Downton Abbey, temos agora um romance histórico ambientado no mesmo cenário para satisfazer os fãs saudosos.


O capítulo inicial de Belgravia começa em Bruxelas, 1815, na noite anterior à Batalha de Waterloo, enquanto Sophia Trenchard, a jovem e adorável filha de um emergente comerciante inglês, está radiante por ela e sua família terem sido convidados ao baile da Duquesa de Richmond.

No entanto, os convidados do baile não aparentam muita felicidade ao verem que os Trenchard foram convidados. Sim, eles têm muito dinheiro, mas não têm berço ou muito menos título algum de nobreza. Mas o Sr. Trenchard é muito próximo de Wellington, sobrinho da Duquesa e capitão (Era capitão mesmo? Não me lembro agora) do exército. Podia-se dizer que eram quase amigos. Daí o convite para o baile, mesmo a contragosto da sociedade.

O que ninguém sabia era que aquele baile entraria para a história e que a maioria dos homens ali presentes teriam dançado pela última vez em suas vidas.

Depois disso, a narrativa dá um salto de 26 anos e nos leva para a rica e luxuosa Belgravia, distrito de Londres, onde agora os ainda mais prósperos Trenchard residem e guardam um certo número de segredos que, pouco a pouco, serão desvendados.


Obviamente que Belgravia, se comparada a Downton Abbey, tem algumas diferenças: a trama do livro se passa 70 anos antes da trama da série de tv; o cenário é a cidade ao invés do campo.

No entanto, os problemas enfrentados na série também se fazem presentes no romance: heranças disputadas, casos amorosos proibidos, gravidez secreta, rivalidade entre irmãos, servos fofoqueiros e desleais e, claro, o mau comportamento da alta sociedade.

 Mesmo assim, não consegui ser envolvida pela trama. Apesar do cenário histórico, de todos esses elementos acima citados, senti que tudo isso foi trabalhado de uma maneira superficial e corrida. O segredo principal da série nem é tão grave assim.

A participação dos empregados nos planos sórdidos é pequena e muito rápida. Os personagens são rasos, nenhum digno de atenção.

Enfim, obviamente eu não esperava a mesma história de Downton Abbey nas páginas do livro, mas, sinceramente, esperava algo tão bom quanto.

Talvez meu erro tenha sido começar minha leitura com as mais altas expectativas, não sei. O que sei é que a leitura me frustrou bastante e que eu esperava, pelo menos, personagens mais interessantes.


Mas tenho lido ótimas – e positivas – resenhas do livro por aí. O que só vem provar, mais uma vez, que gosto é uma coisa muito particular e varia muito de pessoa para pessoa. :)



Como eu era antes de você - Jojo Moyes

Título original: Me before you
Autora: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Páginas: 318


"Sei que essa não é uma história de amor como outra qualquer. Sei que há motivos para eu nem dizer isso. Mas eu amo você. De verdade."



Eu ainda não sei muito bem como começar esta resenha. Fazia tempo que eu queria ler o livro, mas sempre acabava lendo outro primeiro. Agora, com a estreia do filme, acabei fazendo dele uma prioridade e li. E agora eu não sei o que dizer.

Como eu era antes de você é uma história de amor e de família, mas, sobretudo, é uma história de coragem.

Louisa Clark é uma moça de 26 anos que nunca saiu de sua cidade e trabalha num café para ajudar no orçamento da casa, que não é dos melhores.

No entanto, o café onde ela trabalha acaba de ser fechado e agora ela precisa urgentemente de um novo trabalho, pois as coisas em casa estão difíceis.

É aí que ela acaba sendo contratada para trabalhar como cuidadora – sem experiência nenhuma, devo dizer – de um homem tetraplégico, o que não lhe animava muito.

Depois de um acidente, dois anos atrás, Will Traynor, de 35 anos, perdeu quase todos os movimentos do corpo e, para ele, também perdeu sua vida. Ele era um rapaz ativo, viajava muito, praticava esportes radicais e amava o trabalho que tinha. Mas toda essa alegria foi embora depois que ele se viu sentado em uma cadeira de rodas, dependendo de pessoas para absolutamente tudo em sua vida.

Isso lhe causou uma grande depressão e a vontade de morrer se abateu sobre ele. Então ele era grosseiro com todo mundo, não queria conversar, vivia mal-humorado.
E era justamente dele que Lou iria cuidar.

Will já tem um enfermeiro, Nathan, que atende a todas as suas necessidades médicas. A intenção de sua família é que Louise venha para tentar animá-lo de alguma forma. Fazê-lo ver a vida de uma forma diferente.

Will é realmente intratável e Lou sai da casa horrorizada já em seu primeiro dia, já querendo desistir do trabalho, mas sua irmã a lembra de que sua família realmente precisa daquele dinheiro e que ela não pode fazer isso.

Como o tempo, ela aprende a lidar com o mal humor dele, da mesma maneira em que ele aprende a conviver com a energia dela. E, gradativamente, começam a conversar e se dar bem.

Enquanto Will já viajou o mundo e fez muitas coisas interessantes, Lou nunca saiu de sua vidinha de sempre, nunca quis mais para si. Nunca achou que pudesse ou precisasse de mais. Até agora.

Assim,   ao mesmo tempo em que Lou se dedica a elaborar passeios e pequenas aventuras para mostrar a Will que ele não precisa desistir da vida, que há muita coisa que ele pode fazer e viver, mesmo com todas as suas limitações, Will lhe compra livros, lhe dá conselhos e tenta fazê-la enxergar que há um mundo inteiro a ser descoberto e que ela não pode se conformar com sua vidinha mais-ou-menos.

O problema é que, além da tetraplegia de Will e de seu jeito de desistir da vida, há uma outra coisa, um fato avassalador contra o qual Lou não sabe se terá forças para lutar.

Will teve uma conversa com seus pais e deu-lhes seis meses para eles se acostumarem com o fato de que ele vai pôr fim à sua vida. A data já está marcada e, dali a seis meses, ele irá a uma clínica na Suíça para realizar o suicídio assistido. O trabalho de Lou é fazer com que ele mude de ideia.

"Poucas coisas me fazem feliz, e você é uma delas"



Quando eu comecei a ler o livro, eu tinha ideia do que se passava, de que era a história entre um rapaz tetraplégico e sua cuidadora, mas eu achava que, com tantos problemas, limitações e depressões, seria um livro triste, pesado.

Não que não seja triste, porque é, muito, mas também é lindo. E, nunca achei que fosse dizer isso, mas é divertido também! Sim, divertido.

Louis é muito espirituosa, é uma moça singular, e Will, quando está bem, mostra-se um rapaz encantador, divertido e inteligente.

Seus diálogos são carregados de sarcasmo e eles vivem numa montanha-russa de emoções. Um dia estão fazendo piada um do outro, no outro estão rindo e se divertindo, e no outro estão brigando.
O que eu achei incrível, foi a leveza com que Jojo Moyes conseguiu escrever sobre uma história tão triste.

Eu chorei. Chorei sim. Mas eu também dei muitas, muitas gargalhadas. E tornei a chorar. E rir de novo. E suspirei.

Como eu era antes de você é um livro intenso. Como eu disse no começo, é uma história de amor e de família, mas é também uma história de coragem. E de descobrimentos.

Lindo, lindo. Mais que recomendado. Espero que o filme consiga ser tão tocante quanto o livro.



Abaixo, o trailer do filme. 

Feita de fumaça e osso - Laini Taylor

Título original: Daughter of smoke and bone
Autora: Laini Taylor
Editora: Intrínseca
Trilogia: Feita de fumaça e osso - livro 1
Páginas: 384

"Existe algum destino mais cruel do que conseguir o que você mais deseja quando já é tarde demais?"


Era uma vez um anjo e um demônio que se apaixonaram. A história não acabou bem.


Karou é uma garota de cabelo azul, com várias tatuagens, que estuda Arte numa universidade em Praga.
Ela é muito conhecida por seus lindos cadernos de desenhos cheios de personagens peculiares. No entanto, o que as pessoas não sabem, é que os monstros que ela desenha não só existem como são sua família. Ela nunca teve uma família convencional. Fora criada por quimeras, o que a maioria das pessoas conhece por demônios.
O que Karou conhece como pai é, na verdade, um mercador de desejos. Ela trabalha para ele, viajando pelo mundo através de portas mágicas, coletando os mais estranhos pagamentos (dentes de todo tipo) pelos desejos que ele concede às pessoas.
Mas algo está acontecendo e parece ameaçar a vida que ela conhece. Por todo o mundo, marcas de mãos têm aparecido nas portas mágicas, marcadas a fogo, gravadas por criaturas aladas que vêm do céu.
E então Karou encontra-se face a face com Akiva, um serafim que, aparentemente, está decidido a matá-la. O problema é que, contrariando tudo em que acreditam, ao invés de lutar, eles se apaixonam, e Karou agora tem muito a descobrir sobre Akiva, sobre quem ela realmente é e sobre seu passado.


Como todo romance sobrenatural que é comum encontrarmos por aí, temos um amor proibido entre seres diferentes. No entanto, a riqueza da escrita de Laini Taylor faz desta uma história singular.
A princípio a gente fica um pouco impaciente com o mistério e a falta de detalhes sobre a origem de Karou ou quem – ou o que – ela de fato é, mas quando terminamos a leitura, tudo faz sentido. Nós vamos descobrindo tudo pouco a pouco, ao mesmo tempo que nossa protagonista.
É difícil falar sobre o livro sem deixar escapar spoilers, porque tudo está em torno do mistério de como Karou reage a cada descoberta.
Mas o melhor de tudo mesmo é o mundo mágico construído por Laini Taylor, como seus anjos e demônios numa guerra sem fim e já sem razão de ser, cheio de regras e de costumes diferentes.
Para terminar, os personagens tão bem-construídos, inteligentes e bem-humorados são irresistíveis. É impossível começar a ler esta história tão lindamente escrita e não se deixar levar pela mágica que Laini Taylor consegue fazer com as palavras. E graças por ser uma trilogia, porque isso significa que ainda tenho mais dois livros para meu deleite!


Alguma dúvida de que eu recomendo?



Trilogia:
1. Feita de fumaça e osso
2. Dias de sangue e estrelas
3. Sonhos com deuses e monstros

Pequenas grandes mentiras - Liane Moriarty

Título original: Big little lies
Autora: Liane Moriarty
Editora: Intrínseca
Páginas: 400
Volume único


Detetive Adrian Quinlan: Vou ser bem claro: isso não é um circo. É uma investigação de assassinato.


Um assassinato aconteceu, mas, no início do livro, ninguém sabe quem morreu, nem quem matou.

A história começa no dia do aniversário de Madeline Martha Mackenzie (e por algum motivo que nem ela mesma sabe, ela sempre precisa se apresentar dizendo seu nome completo). Ela está completando 40 anos e não tem certeza sobre seus sentimentos a respeito disso. Ela tem três filhos: Abigail, de 14 anos e filha de seu primeiro casamento com Nathan; e Fred, de 7 anos e Chloe, de 5, filhos de Ed, seu atual marido.

Sua melhor amiga é Celeste White, a mais linda mulher que Madeline já viu, que tem um marido perfeito chamado Perry, com quem tem 2 gêmeos perfeitos (Josh e Max, de 5 anos ), e todos vivem uma vida perfeita, numa mansão perfeita. Eles são um casal muito invejado na cidade e há mulheres que consideram a beleza de Celeste um desaforo.

Os filhos de Madeline e Celeste estudam na Escola Pública de Pirriwee, uma escola muito conceituada que permite que os pais se envolvam em todos os assuntos da escola. Eles podem ser voluntários para ajudar nas aulas de leitura, para arrecadar fundos, organizar feiras, festas... enfim, tudo.

Madeline se orgulha muito de fazer parte de tudo isso e se envolve de verdade. Celeste, apesar de não ter isso como um objetivo de vida, feito Madeline, também é muito ativa na escola.

Enfim, nesse dia, de seu aniversário, Madeline está levando Chloe para o seu primeiro dia de aula. No caminho, ela desce do carro para discutir com os jovens do carro à sua frente e, ao voltar para o seu carro, ela torce seu tornozelo e cai na rua.

Atrás de Madeline estava Jane Chapman, uma mãe solteira de 24 anos, recém-chegada na cidade, que também estava levando seu filho, Ziggy, de 5 anos, para seu primeiro dia de aula.

Ao ver Madeline cair, Jane vai até ela para ajudar. Estaciona o carro de Madeline num lugar seguro e dá uma carona para ela e Chloe até a escola. Ao deixarem seus filhos, elas decidem ir a um café para conversar e, pouco tempo depois, chega Celeste. E esse é o início da forte amizade entre as três.

Na hora de buscar as crianças, uma agitação acontece na escola. Amabelle, uma garotinha de 5 anos, filha de Renata Klein – a mãe mais odiada por Madeline e Celeste –, acusa Ziggy de tê-la agredido quando ninguém estava olhando. E ninguém podia duvidar de que a garotinha fora agredida, pois ela tinha marcas vermelhas no pescoço. Mas teria sido mesmo Ziggy?

Começa aí uma verdadeira guerra entre as mães da escola. Algumas acreditam que Ziggy era o agressor, outras têm certeza de que não.

O fato é que Ziggy é um garotinho muito doce e fica difícil acreditar que ele seria capaz de machucar uma coleguinha. Jane, sua mãe, tem certeza de que ele jamais faria isso. No entanto, com o passar do tempo, ela já não tem mais tanta certeza, mas não conta isso pra ninguém. É aí que o caos começa.
Alguém realmente conhecia o próprio filho?Filhos eram pequenos estranhos, sempre mudando, desaparecendo e se reapresentando aos pais. Novos traços de personalidade podiam surgir da noite para o dia.


Seis meses depois desse acontecimento, numa noite, acontece um evento organizado pelos pais, e é nesse evento que alguém acaba morrendo.

A narrativa desse livro volta no tempo, seis meses atrás, e começa a contar o que aconteceu depois da confusão na escola por causa da agressão de Amabelle até a noite em que ocorreu o assassinato.

Devagar nós vamos descobrindo os segredos dos personagens e suas “Pequenas grandes mentiras”, e que certas coisas – e pessoas – não são bem como aparentam ser.



Este é um livro de mistério, mas, ao mesmo tempo, é muito, muito divertido!
Junto com a narrativa da história, nós temos os depoimentos dos personagens que estavam presentes na festa em que aconteceu o assassinato.

Eu ri tanto, mas tanto!
A história se concentra nas vidas de Celeste, Madeline e Jane.

Celeste tem a vida perfeita, mas a verdade é que sua felicidade é apenas aparente, pois ela vive com medo e guarda um grande segredo.

Madeline é uma mulher adorável e surtada! Ahahahaha. Ao mesmo tempo em que ela é forte e decidida, dedicada à família e aos amigos, ela parece meio alienada e em muitas vezes dá uma de louca, mas é uma mulher maravilhosa e minha personagem preferida nesse livro. Ela me fez rir muito!

Este é o primeiro livro de Liane Moriarty que eu leio, e também o primeiro nesse estilo diferente, misturando situações muito divertidas a um misterioso assassinato.

A maneira com que a autora conduz os acontecimentos é muito inteligente e nos prende à história, fazendo com que a gente preste atenção aos mínimos detalhes e comece a escolher os próprios suspeitos.

No entanto, apesar da leveza da escrita e das situações divertidas, o livro aborda assuntos sérios, como bullying, violência sexual, violência doméstica e também nos faz pensar um pouco em psicopatia.

E o melhor de tudo:  o livro fez tanto sucesso que os direitos foram comprados pela HBO e a história vai se tornar uma série de TV, tendo Reese Whiterspoon e Nicole Kidman como protagonistas. 


Que felicidade! Apesar de ainda não ter data marcada para estrear, eu já estou super ansiosa, torcendo para que a série seja bem fiel ao livro e tão inteligente quanto.

Enfim, Pequenas grandes mentiras é, sem dúvida, é um ótimo livro para passar o tempo e se divertir bastante.

Eu recomendo muito!



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Últimos livros lidos