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Não pare! - FML Pepper

Título: Não pare!
Autora: FML Pepper
Editora: Valentina
Trilogia: Não pare! - livro 1





Não sei bem como escrever esta resenha... rs. Mas vamos lá!


Nina Scott tem dezesseis anos e vive com sua mãe, Stela. Ela não sabe nada sobre seu pai e sua mãe sempre evita falar no assunto.

A vida de Nina não é nem um pouco parecida à dos jovens de sua idade. Sua mãe tem uma certa obsessão por mantê-la segura e, por esse motivo, ao menor sinal de perigo ou acidente que aconteça, ela já obriga Nina a fazer as malas e se mudam de cidade. Até de país.

Por causa disso, em dezessete anos Nina já morou em uns vinte países e fala umas seis línguas. Mas ela nunca fica tempo suficiente num lugar para fazer amigos, conhecer pessoas ou criar qualquer tipo de vínculo. E vai para escolas diferentes no mínimo 3 vezes por ano.

O livro começa com as duas em Amsterdam, onde, aliás, chegaram há pouquíssimo tempo. E então um acidente acontece na praça e, no mesmo instante, Stela já leva Nina para casa e começa a arrumar as malas, frustrando a menina mais uma vez. Ela tenta brigar e espernear, mas tudo em vão. Sua mãe sempre vence.

Agora elas voltam para Nova York. Nina, mais uma vez, começa numa escola nova e faz tudo para não ser notada. Afinal, não ficará muito tempo lá mesmo. Sequer se dá o trabalho de falar ou ser simpática com alguém.

Porém, para sua felicidade, sua mãe lhe dá a notícia de que elas não vão mais se mudar e ficarão em NY por um bom tempo. Chega de malas.

Feliz da vida, Nina agora começa a fazer amigos na escola e até consegue um emprego numa livraria que adora. Mas sua felicidade não dura muito. Nina é uma adolescente extremamente propensa a acidentes. Ela começa a sentir calafrios, mal-estar, perde a visão, tem dores de cabeça... e de repente BAM! Um andaime despenca sobre sua cabeça, ou um ônibus quase a atropela, ou sei lá o que. O. Tempo. Todo.
Esses acidentes começam a acontecer com muita frequência e ela fica muito assustada.

Na escola, parece que todos os garotos bonitos resolveram disputá-la, dos quais Kevin e Richard são os mais importantes. Kevin é um garoto loiro, fofo, de sorriso lindo e uma personalidade doce. Sempre preocupado com Nina. Richard é um bad boy mal-encarado, estúpido arrogante, que ela odeia e parece ser correspondida pelo sentimento. E onde Nina está, lá estão os dois garotos. E os acidentes. E as coisas estranhas.

Muitas coisas acontecem, Nina precisa fugir e ela acaba descobrindo a verdade sobre si: ela é uma híbrida, descendente do que chamamos de anjos.
Além de fugir daqueles que a querem morta, ela também precisa fugir de seus sentimentos, o que é muito complicado.
Parei por aqui.

Então... o que dizer desse livro?
É um romance sobrenatural com anjos envolvidos. Porém, a autora parece que os retrata mais como seres de outro planeta, usando até uns termos estranhos que, sinceramente, achei bem nonsense.

Nina é um personagem raso, cheia de mimimi e atitudes infantis.
Não há nada de supreendente na história, que, aliás, traz claramente uma cena de Crepúsculo, quando Nina e Richard estão no refeitório da escola e entra uma maçã no contexto. Ah, queridos... por favor!

Também não fica esclarecido o porquê de as coisas serem como são. Eu sei que é uma trilogia, mas os primeiros livros são sempre introdutórios e precisam apresentar-nos aos acontecimentos, né minha gente?

Por causa de tanta gente falando bem desse livro, minhas expectativas estavam lá em cima e levaram um tombo feio.

Enfim, não gostei e nem me passa pela cabeça ler os livros seguintes. Que pena.
Vale lembrar que estou falando por mim, seguindo a minha opinião e gosto particular.




Ah, o verão! - Fernanda Belém

Título: Ah, o verão!
Autora: Fernanda Belém
Editora: Valentina
Série: As quatro estações do amor - Livro 1
Páginas: 256
Sinopse: Uhuuu! Enfim, férias! Camila (ou Mila para os íntimos) estava preparada para curtir com as amigas o verão carioca. Festinhas, clube, praia, noitadas, churrascos... ufa! E Mila também não queria perder a oportunidade de se aproximar e conhecer melhor Rafael, o menino com quem tanto sonhava. Mas como na vida nem tudo são flores, a mãe de Camila já havia bolado outra ideia para o mês de janeiro: viajar. O destino? Búzios. Além de não poder colocar em prática o plano arquitetado para conquistar o coração do Rafa, Mila também teria de conviver com Juliana, uma menina que era o oposto de todas as amigas do seu grupo. Arrasada, partiu para Búzios (fazer o quê?) acreditando que aquelas férias seriam as piores da sua vida. Ela só não imaginava que... Que onda aquele verão reservava para ela? Novas amizades, calor, praia, gargalhadas, micos homéricos e muitos, muitos frios na barriga e arrepios no pescoço. Quem nunca viveu um amor de verão descobrirá com a Camila como é passar por essa experiência que dá uma vontade danada de viver de férias para sempre. Quem sabe como é, com certeza terá um prazer enorme em relembrar aquele pôr-do-sol e as noites estreladas de um verão inesquecível. Três amigas, dois corações apaixonados e um romance inesquecível. Ah, o verão promete!

Camila tem 15 anos e é como qualquer outra adolescente de sua idade: gosta de ficar com os amigos, escrever na agenda e tem um amor platônico. Sabem como é, né? Toda menina já gostou de algum garoto que era tudo pra ela sendo que ele mal se dava conta de sua existência. Eu já tive. Todo mundo já teve, tenho certeza.

Bem, o amor platônico da Camila é o Rafa, um garoto lindo da escola, amigo do namorado de sua melhor amiga.

Com a chegada das férias de verão, o plano de Camila era sair pra todos os lugares e festas com seus amigos e tentar se aproximar do Rafa. Ela tinha tudo esquematizado já.  Até sua mãe lhe avisar que a família estava de viagem marcada.

Mila – como gosta de ser chamada – não podia acreditar! Ela não poderia viajar, já tinha mil planos com seus amigos para todos os dias de suas férias, sem chance!

Mas o problema é que, quando a gente é adolescente, parece que nossos pais ainda mandam na gente, sabe? Ahahaha

Então não teve jeito. Ela bateu o pé, fez cara feia, bufou, deu escândalo, mas fez a única coisa que poderia ter feito: foi viajar com os pais. O destino era Búzios, na Região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro. Ficaram no condomínio de um casal amigo dos pais dela.

O desastre estava formado na cabeça de Camila. Enquanto seus amigos iriam se divertir horrores, ela passaria semanas no meio de gente chata, junto com uma menina esquisita, que era a filha do casal, num lugar em que ela nem queria estar.

Só que ela estava enganada.

Juliana, a filha do casal, não era nada chata. Era tímida. E Camila pôde perceber isso e ganhar uma nova amiga.

Outra coisa que aconteceu, foi a chegada de Leandro e seus amigos ao condomínio. Ele era lindo, nadava, jogava futebol... e parecia que não tirava os olhos de Mila, que estava prestes a se apaixonar de verdade pela primeira vez e esquecer o... Como era mesmo o nome dele? Ah, sim. Acho que era Rafa.

Eu nunca havia lido nada da Fernanda Belém e comecei justamente com um romance adolescente. Nada contra, mas como eu estou já bem crescidinha, é difícil eu encontrar um livro desse gênero que não me irrite. Mas encontrei!

Primeiro livro da série As Quatro Estações do Amor, Ah, o verão! é um livro fofo e encantador! Desses que faz a gente querer aproveitar este verãozão castigante aqui do Brasil, correr pra alguma praia e viver um amorzinho gostoso desses.

Eu pude me empolgar com o joguinho de olhares entre a Camila e o Leandro. Conseguia  sentir a brisa do mar, o cheiro do cloro da piscina, do protetor solar... Ria com eles, ficava ansiosa, derretida, tonta... ahahaha.  E o Leandro? Gente, que menino encantador, educado, perfeito!
Enfim, fui cativada!

Me rendi às fofurices de Mila e sua turma e mal posso esperar para saber o que acontecerá entre ela e Leandro!

Super recomendo!





Almanova - Jodi Meadows

Título original: Incarnate
Autora: Jodi Meadows
Editora: Valentina
Trilogia: Livro 1
Páginas: 288
Sinopse: Ana é nova. Por milhares de anos, no Range, milhões de almas vêm reencarnando, num ciclo infinito, para preservar memórias e experiências de vidas passadas. Entretanto, quando Ana nasceu, outra alma simplesmente desapareceu... e ninguém sabe por quê. SEM-ALMA A própria mãe de Ana pensa que a filha é uma sem-alma, um aviso de que o pior está a caminho, por isso decidiu afastá-la da sociedade. Para fugir deste terrível isolamento e descobrir se ela mesma reencarnará, Ana viaja para a cidade de Heart, mas os cidadãos de lá temem sua presença. Então, quando dragões e sílfides resolvem atacar a cidade, a culpa deverá recair sobre... HEART Sam acredita que a alma nova de Ana é boa e valiosa. Ele, então, decide defendê-la, e um sentimento parece que vai explodir. Mas será que poderá amar alguém que viverá apenas uma vez? E será também que os inimigos – humanos ou nem tanto -- de Ana os deixarão viver essa paixão em paz? Ana precisa desvendar grandes segredos: O que provocou tal erro? Por que ela recebeu a alma de outra pessoa? Poderá essa busca abalar a paz em Heart e acabar por destruir a certeza da reencarnação para todos? 


Em Almanova temos a origem de tudo explicada de uma forma um pouco diferente da que conhecemos.

O mundo foi criado com um milhão de almas e todas elas reencarnam continuamente. Assim, quando uma pessoa morre, na sua próxima vida ela se lembra de absolutamente tudo da vida anterior e conta sua idade não pela vida atual, mas somando os anos de todas as suas vidas anteriores. Assim, todos os que vivem têm milhares e milhares de anos. Exceto Ana.

Em Range, quando Ciana morreu, esperava-se que ela voltasse como filha de Li e Menehem. No entanto, quando Li dá à luz, não é Ciana que nasce, é Ana. De uma maneira que eles não sabem explicar, Ciana morreu para sempre e foi substituída.

O problema é que sua família – e quase que todos os habitantes de Range – não aceita essa substituição e, ao invés de receber Ana com alegria, entendendo que ela é uma almanova, eles a desprezam e a consideram uma sem-alma, pelo fato de ela não ter sido reconhecida nos registros do Conselho.

Menehem, seu pai, quando descobre que a filha é uma sem-alma, vai embora e deixa Ana apenas com Li, sua mãe, que faz da vida da menina um inferno.

Ao completar 18 anos, Ana tem aí a sua chance de liberdade. Ela vai embora de sua casa, em Range, rumo à cidade de Heart, para conhecer suas grandes bibliotecas e tentar descobrir mais sobre suas origens.

No caminho ela acaba se perdendo no caminho e segue um caminho totalmente oposto ao que deveria seguir. Com isso, ela acaba sendo atacada por sílfides – seres das sombras que atacam os humanos, causando-lhes graves queimaduras que podem levar à morte – e quase morrendo. É aí que surge Sam. Uma alma reencarnada muitas vezes, desta vez num corpo masculino, que, apesar de ser adolescente, já é muito, muito velho.

Sam salva Ana da morte e passa a cuidar dela, mostrando que não tem nenhum tipo de repulsa à sua pessoa e tentando convencê-la de que ela não é uma sem-alma, mas uma almanova.

Conhecendo a história e os motivos de Ana, ele decide acompanhá-la até Heart e mantê-la em segurança, prometendo ajudá-la e ficar com ela pelo tempo que for necessário.

Mas as confusões na vida de Ana estão longe de chegar ao fim. Ao mesmo tempo em que ela encontra pessoas muito simpáticas e bondosas, que não se importam com o fato de ela ser nova, também encontra outras – a maioria, na verdade – que não a aceitam de jeito nenhum e deixam bem claro que não querem uma sem-alma por perto.

Depois de o conselho permitir que ela permaneça em Heart, desde que Sam seja responsável por ela, ela recebe as instruções de que de deve estudar e aprender o máximo de coisas que puder, e também terá de obedecer a um toque de recolher. E deve estar sempre acompanhada.

Fora tudo isso, ela ainda tem de lidar com o fato de que ela é realmente nova, com apenas e exatos 18 anos (um bebê!), sem vidas anteriores, e talvez esteja se apaixonando por um cara que, embora esteja num corpo adolescente agora, já tem milhares de anos e conhece muitas coisas da vida que ela ainda nem pode imaginar.
Juntos, eles terão de enfrentar perigos, conspirações e... dragões!

Tudo isso para descobrir o que realmente aconteceu na noite em que Ana nasceu e o mais importante: por quê ela nasceu.

Em Almanova, Jodi Meadows nos apresenta um universo totalmente novo, misturando a mitologia à fantasia.

Ana é uma personagem forte. Bem cheia de mimimi no começo, até me irritou um pouco, confesso. Mas eu pude entender o seu lado. Afinal, toda a sua vida ela foi desprezada e maltratada por sua própria mãe. Todos fizeram com que ela acreditasse que ela não valia nada e que era uma usurpadora (tipo Paola Bracho). Então, quando ela acha que alcançou sua liberdade e está livre para fazer o que quiser, outro bando de pessoas chega sem pedir licença e vem ditando regras, querendo escolher como ela deve viver sua vida. Quer dizer, quem aguentaria tudo isso sem surtar de vez em quando? É compreensível.

Sam é um velho/garoto muito doce e atencioso, já entendido de muitas coisas, aberto a todo tipo de situação e aprendizado, com uma mente super aberta, bem diferente das mentes pequenas dos demais. Ele nos conquista logo de cara. Também tem seus traumas e busca por algumas respostas.

Enfim, Almanova é o primeiro livro de uma trilogia que tem tudo para dar certo e ganhar muitos leitores. Recomendo!

Curiosidades:

- Os muros da cidade de Heart, em seu interior, pulsam como se fossem vivos e tivessem um coração.

- As sílfides, no livro, são retratados como seres das sombras cujo intuito é o de atacar os seres humanos e matá-los para poderem sugar sua alma. No entanto, na mitologia, são fada semelhantes a anjos, que interagem com os 4 elementos e são de temperamento alegre, reunindo-se em torno da mente dos sonhadores, dos artistas e dos poetas, inspirando-os. Bem diferente, né? Agora, o motivo de a autora ter mudado a essência desses seres no livro, desconheço.


- Esse mundo não é realmente um mundo onde eu podia enxergar dragões vivendo ali também, mas sim, eles estão lá e eu gostei! :D









**Comentando neste post, você pode participar do Top Comentarista do mês de Janeiro e concorrer a um super kit! Para se participar, comente neste post e se inscreva clicando aqui

Concurso cultural: Esse livro é a sua cara!

E aí, turma? Tudo bom?
Como vocês gostam de promoção, que eu sei, trago pra vocês uma super promoção da Editora Valentina.
E qual será o prêmio? 
Um exemplar autografado de Almanova, livro I da trilogia Incarnate, de Jodi Meadows. Yay! Legal, né?
E como faz pra ganhar? Vem cá que eu te conto:


Para participar, vocês terão de reproduzir a capa do livro com uma foto de vocês.
Como assim, San?
Simples: vocês tiram uma foto de máscara e fazem a arte como uma "nova capa" para o livro. Mas tem que ser no mesmo estilo da capa original.
Ou então, vocês podem fazer montagens, editar como quiserem.

A Carina, contato da editora, fez uma com a foto dela, pra vocês terem como exemplo. Vejam só:


Entenderam, minha gente? Fácil e criativo, né? 
Eu achei super legal!

Regras para participar

1) Reproduzir a capa de Almanova com sua própria foto  (tem que ser a foto da pessoa que está participando, não pode ser de outra!)

2) A reprodução deve estar na proporção de 16x23, com o título do livro por cima, no formato jpg (para facilitar a editora disponibilizou algumas opções de título para vocês usarem por cima da sua foto)

3) Enviar a foto para o e-mail oblogdasan@hotmail.com até o dia 06 de Janeiro de 2014.

*Atenção: data limite é essa: 06 de Janeiro de 2014. 

Prêmios para a melhor foto

1 livro Almanova autografado pela autora Jodi Medows 
+ marcadores autografados do livro 
+ 1 camiseta da série. 

E aí, gostaram?
Não se esqueçam de que vocês devem reproduzir a capa do livro, fazendo uma "nova capa" com a foto de vocês. 

Assim, disponibilizei no Skydrive a arte da capa com o título e o nome da autora. Vocês podem escolher com fundo branco ou preto. Também deixei lá a foto da Carina como exemplo. Para baixar tudo, CLIQUEM AQUI

Vamos, gente!
Vamos ser criativos e sair fazendo cliques e arte por aí!
Boa sorte a todos!


FALE! - Laurie Halse Anderson

Título original: Speak
Autora: Laurie Halse Anderson
Editora: Valentina
Páginas: 248
Sinopse: “Fale sobre você... Queremos saber o que tem a dizer.” Desde o primeiro momento, quando começou a estudar no colégio Merryweather, Melinda sabia que isso não passava de uma mentira deslavada, uma típica farsa encenada para os calouros. Os poucos amigos que tinha, ela perdeu ou vai perder, acabou isolada e jogada para escanteio. O que não é de admirar, afinal, a garota ligou para a polícia, destruiu a tradicional festinha que os veteranos promovem para comemorar a chegada das férias e, de quebra, mandou vários colegas para a cadeia. E agora ninguém mais quer saber dela, nem ao menos lhe dirigem a palavra - insultos e deboches, sim - ou lhe dedicam alguns minutos de atenção, com duvidosas exceções. Com o passar dos dias, Melinda vai murchando como uma planta sem água e emudece. Está tão só e tão fragilizada que não tem mais forças para reagir. Finalmente encontra abrigo nas aulas de arte, e será por meio de seu projeto artístico que tentará retomar a vida e enfrentar seus demônios: o que, de fato, ocorreu naquela maldita festa?


Houve um tempo – não muito distante – em que Melinda era uma adolescente brincalhona, ótima aluna, tinha amigos, era feliz e se dava bem com todos. Mas então, um dia, numa festa, algo aconteceu e tudo mudou. 

Depois da noite na festa, Melinda mudou completamente. Parou de falar e passou a vestir-se sempre com as mesmas roupas velhas e estranhas.

Um novo ano escolar – o primeiro do ensino médio – começava para Melinda e ela não era mais a menina de quem todos gostavam. Agora ela era a esquisita, a louca, a aberração. A pária da escola. Suas amizades não existiam mais, ela estava só. Tudo porque, numa festa com o pessoal da escola, ela havia chamado a polícia. Mas ninguém nunca quis saber o motivo. E agora, ninguém queria mais saber dela. 

Ela vivia sozinha e calada. Suas notas começaram a despencar. Os professores perceberam isso. Os ex-amigos perceberam. Seus pais também. Mas ninguém se importou. Ninguém quis saber o que houve, qual foi o motivo da mudança.

“A coelhinha foge em disparada, deixando rastros ligeiros na neve. Fugir fugir fugir. Por que é que não corri desse jeito quando era uma garota-falante-não-despedaçada?”

A história se passa no decorrer do ano letivo de Melinda. Ela tornou-se invisível aos olhos de todos, a não ser quando queriam humilhá-la de alguma maneira. E ela nunca diz nada.

Em casa, seus pais estão sempre ausentes. E quando estão em casa, estão sempre brigando. Nenhum deles tem tempo para ela. Antes, preferem fingir que o que está acontecendo com ela é normal, que todo adolescente tem suas fases estranhas e deixam pra lá. Eles não têm tempo pra isso.

“Faço meu dever e mostro pra eles, como uma boa menina. Quando me mandam deitar, escrevo um bilhete de fugitiva e o deixo na minha mesa. Minha mãe me encontra dormindo no closet do quarto. Daí me entrega um travesseiro de novo e fecha a porta. (...) Abro um clipe e passo na parte interna do meu pulso esquerdo. É patético. (...) Provoco rachaduras de sangue, talhando linha após linha até parar de doer.
 Minha mãe vê meu pulso no café da manhã. Mamãe: - Não tenho tempo para isso, Melinda. Eu:                                                               “


A dor que dilacera Melinda nos entristece e o grito de socorro sufocado por seu silêncio é extremamente angustiante.
Sua história mostra o quanto o ambiente escolar pode ser cruel e como alunos e professores acham que dá menos trabalho fechar os olhos e fazer de conta que nada está acontecendo. Afinal, crianças problemáticas são responsabilidade de seus pais, não deles.

“Eu adoraria ficar ali batendo papo, mas os meus pés não me deixam. Vou andando para casa, em vez de pegar o ônibus. Destranco  a porta da frente e subo direto até meu quarto, atravesso o tapete e vou para o meu closet sem nem tirar a mochila. Quando me fecho, enterro o rosto nas roupas penduradas no lado esquerdo, roupas que não me servem há anos. Enfio aqueles tecidos velhos na boca e grito até só restar silêncio nas minhas entranhas.”

Apesar de não falar com ninguém em casa ou na escola, Melinda tem uma cabeça barulhenta, repleta de pensamentos e de opiniões. Mesmo massacrada por suas dores e seus demônios, ela ainda conserva um certo bom humor e uma boa dose de sarcasmo. Me peguei rindo muitas vezes ao ler o que ela pensava sobre determinadas pessoas ou situações. Ela é inteligente e sagaz, mas já não acredita mais em si mesma. Afinal, se ninguém mais acredita, por que ela deveria?


“Não é possível que possam me castigar por não falar. Superinjusto. O que é que sabem sobre mim? O que é que sabem sobre o que se passa na minha cabeça? Relâmpagos, crianças chorando. Atropelada por uma avalanche, morta de preocupação, contorcendo-me sob o peso da dúvida e da culpa. Medo.”


Fale! não é um livro de ficção. É baseado na vida de milhares de meninas e meninos que sofrem todo tipo de perseguição na escola e na vida. Crianças que são ignoradas em casa por pais negligentes e que refletem isso na escola. Se fecham, não interagem. E aí tudo piora, porque isso os torna esquisitos, loucos. O alvo perfeito para chacotas e para humilhações vindas dos mais fortes, dos superiores, daqueles que querem mostrar o quanto são fortes por bater ou humilhar o que é mais fraco.

Nós vemos histórias como essas todos os dias, no mundo inteiro. Crianças e adolescentes que se cortam porque a dor física faz com que se esqueçam da dor psicológica, ainda que por pouco tempo. Crianças que se calam, que se isolam. E o mais triste: adultos que não enxergam essas crianças. Que não querem saber o que está errado.

Fale! é um grito de alerta para todos. É um grito de “Você não está sozinho! Fale!” para essas crianças. Um grito de “Ei, professor! Não consegue ver que seu aluno tem problemas porque certamente algo não está bem com ele?”. Um grito de “Pai, mãe, pelo amor de Deus, não percebem que seus filhos estão desesperados por sua atenção e precisam que vocês se importem com eles?”.

Mais que um grito de alerta, Fale! é um pedido de socorro. Para essas crianças e para a nossa sociedade.

Um livro emocionante que deveria ser lido e trabalhado em todas as escolas, sem sombra de dúvida.

O que eu não sabia, só soube depois de ler o livro, é que já tem um filme sobre essa história (o livro foi escrito há 10 anos), chamado O Silêncio de Melinda, e, segundo a autora, está bem fiel ao livro. Agora vou correr assistir. Vejam abaixo o trailer:






A Editora Valentina está de parabéns por trazer um livro tão marcante ao nosso alcance.

Profundo, reflexivo e angustiante. Mas envolvente.

Recomendadíssimo!





[PROMOÇÃO] Alma? - Editora Valentina

Aproveitando a maré de promoções do blog, eis que vos trago mais uma!
Agora o blog sorteará um exemplar de Alma?, da Editora Valentina.
Para ler a resenha, clique aqui.




REGRAS 

1) Ser seguidor do blog Universo Literário (é só clicar em PARTICIPAR DESTE    SITE, aqui na coluna ao lado direito, e seguir com uma conta do Google e/ou Twitter) 

2) Ter um endereço de entrega no Brasil

A promoção começa hoje e termina no dia 12 de Maio.

Boa sorte a todos!



a Rafflecopter giveaway
Ganhadora:

Fernanda Ghiggi

Por favor, envie seus dados para universo_literario@hotmail.com

Parabéns e obrigada por participar!

ALMA? - Gail Carriger

Título original: Souless?
Série: O proterorado da sombrinha – Livro 1
Autora: Gail Carriger
Editora: Valentina
Páginas: 308
Classificação: 
Sinopse: Alexia Tarabotti enfrenta uma série de atribulações sociais, quiproquós e saias justas (embora compridíssimas) em plena sociedade vitoriana. Em primeiro lugar, ela não tem alma. Em segundo, é solteirona e filha de italiano. Em terceiro, acaba sendo atacada sem a menor educação por um vampiro, o que foge a todas as regras de etiqueta.
E agora? Pelo visto, tudo vai de mal a pior, pois a srta. Tarabotti mata sem querer o vampiro ― ocasião em que a Rainha Vitória envia o assustador Lorde Maccon (temperamental, bagunceiro, lindo de morrer e lobisomem) para investigar o ocorrido.
Com vampiros inesperados aparecendo e os esperados desaparecendo, todos parecem achar que a srta. Tarabotti é a responsável. Será que ela conseguirá descobrir o que realmente está acontecendo na alta sociedade londrina? Será que seu dom de sem alma para anular poderes sobrenaturais acabará se revelando útil ou apenas constrangedor? No fim das contas, quem é o verdadeiro inimigo, e... será que vai ter torta de melado?

Conheçam Alexia Tarabotti, descendente de italianos e um pouco desfavorecida da beleza padrão muito valorizada por sua fútil mãe, suas irmãs e a sociedade londrina do século XIX. Por esse motivo, por sua língua afiada e já um pouco mais velha que as moçoilas já casadas com bons partidos, ela é vista como uma solteirona. Mas não é só isso! Alexia não tem alma. E não estou dizendo no sentido figurado, querendo dizer que ela é cruel. Ela realmente não tem alma.

Ela é inteligente, sagaz, irônica, determinada e totalmente avessa às imposições sociais, não se importando com nenhuma delas.

Pela condição de sem alma, Alexia interage tanto com o mundo dos humanos quanto com o sobrenatural, mas isso é mais raro com este segundo. No entanto, quando ela é atacada por um vampiro faminto – que teve a ousadia de atrapalhar meu chá – e acaba por matá-lo acidentalmente, ela cai numa tremenda enrascada, pois Lorde Maccon, que é um tipo de autoridade do Departamento do mundo sobrenatural, encontra-a na cena do crime e fica cismado, pois já a conhece de longa data e sabe o quanto Alexia é escorregadia e sonsa – o que nos rende um bom divertimento. Porém, não tendo provas sobre o que realmente acontecera com o tal vampiro, ele deixa a moça em paz. Por enquanto.

Acontece que outros seres sobrenaturais também começam a desaparecer e, curiosamente, Alexia está sempre por perto. E para piorar, ao invés de se comportar, ela resolve se meter nas investigações, pois seu sonho é trabalhar para o Departamento. Assim, a lady embarca numa aventura perigosa que envolve sua vida e seu coração. Mas peraí: Alexia tem sentimentos, se não tem Alma?

Descubram lendo o livro. ;)

Esse lançamento da Editora Valentina é bem curioso e diferente, vale a pena conferir para familiarizar-se com o gênero, sem contar que somos totalmente cativados por Alexia e sua sagacidade.

Gostaram?
Se vocês forem gentis e comentarem, coloco promoção no ar amanhã. :P

PROMOÇÃO GAROTA TEMPESTADE

Hey, gente!
Muitas pessoas ansiosas para ler Garota Tempestade, né?
Já leram a resenha? Quem ainda não leu, pode clicar aqui.

Bem, não vou enrolar. Sim, temos promoção e eu espero que vocês gostem e participem!


REGRAS 

1) Ser seguidor do blog Universo Literário (é só clicar em PARTICIPAR DESTE    SITE aqui na coluna ao lado direito e seguir com uma conta do Google e/ou Twitter) 

2) Ter um endereço de entrega no Brasil



a Rafflecopter giveaway

Atualização: A sorteada foi Carissa Vieira. 
Você tem 3 dias para enviar seus dados para universo_literario@hotmail.com
Parabéns!

Boa sorte a todos!  :)

GAROTA TEMPESTADE - Nicole Peeler


Título original: Tempest Rising
Autora: Nicole Peeler
Série: O estranho mundo de Jane True – Livro 1
Editora: Valentina
Páginas: 277
Classificação: 
Sinopse: Jane True, 26 anos, sempre soube que não se encaixava numa sociedade pretensamente normal. Durante um de seus clandestinos nados noturnos no mar congelante, desafiando um perigosíssimo redemoinho, uma descoberta terrível leva Jane a revelações surpreendentes sobre sua herança genética: ela é apenas meio-humana. Agora, Jane precisa penetrar um mundo de mitos e lendas, povoado por criaturas sobrenaturais, aterrorizantes, belas e até mortais. Características que também descrevem perfeitamente Ryu, seu novo “amigo” -- um vampiro poderoso, deslumbrante e hummm, aiii... muuuito SEXY. Nesse mundo, onde há um goblin advogado, um espírito de árvore maquiador, um súcubo dona de boutique, elfos diabólicos, homens inflamáveis, seres híbridos que se transformam em animais selvagens, nada é presumível. Que dirá um romance ao molho pardo. Mas atenção, nunca, nunca mesmo, esfregue a lâmpada do gênio. Entretanto, alguém está matando meio-humanos como Jane. A pergunta que não quer calar é: os assassinatos são fruto de uma mente doentia ou há um plano macabro para exterminá-los?

Jane True tem 26 anos e mora com seu pai na pequena e muito conservadora cidade de Rockabill, no Maine. Fora Tracy e Grizzie – o casal de lésbicas, proprietárias da livraria onde Jane trabalha , ela não tem amigos. Não depois que ela matara o único que tivera. Bem, ao menos era assim que a cidade a via.

A mãe de Jane apareceu há muitos anos na cidade, numa tarde de tempestade, andando completamente nua pelas ruas. Um jovem correu pra cobri-la com seu casaco e, assim que se olharam, se apaixonaram, casando-se. Depois disso, Jane não demorou a chegar a este mundo. Porém, quando ela estava com seis anos de idade, sua mãe simplesmente foi embora, deixando Jane sozinha com seu pai. A cidade, que já olhava torto para aquela família, fez questão de difamá-los mais ainda e excluí-los socialmente. Mas, apesar da tristeza, Jane tinha Jason, seu melhor amigo desde sempre, que nunca saía do seu lado.

O tempo passou, Jason e Jane cresceram e se tornaram adolescentes e namorados. Um grande amor que seria para a vida toda. Só que numa noite de tempestade, Jane saiu para nadar no mar, como sempre fazia – e nunca contara a Jason –, e ele, preocupado, foi atrás dela. Achando que ela estava se afogando, ele correu para salvá-la. No entanto, Jane estava bem. E quem morreu afogado foi Jason. E Rockabill jamais a deixaria se esquecer disso. Hoje, 8 anos depois, Jane ainda carrega o título de assassina e ninguém a quer por perto, embora a morte de Jason tenha sido um acidente.

Certo dia, depois do trabalho, Jane foi nadar, como de costume. Só que, para seu horror, acabou encontrando outro corpo na água. Se pedisse ajuda ou chamasse a polícia, toda a cidade cairia em cima dela novamente, o que não seria nada bom. Assim, ela arrastou o corpo até a praia e deixou-o lá para que fosse encontrado.

No dia seguinte, não se falava em outra coisa nos arredores, mas ninguém achava que fosse ela, sequer mencionaram seu nome, o que lhe deu um certo alívio. Ao voltar para casa, no entanto, Jane acaba conhecendo três seres que ela imaginava existirem apenas nos livros de fantasia e fica sabendo, então, que ela também faz parte daquele mundo, pois ela é um híbrido e precisarão da ajuda dela para resolver o caso do assassinato do homem que ela encontrou na praia - outro híbrido.

Então Ryu chega na cidade. O vampiro lindo, atraente e muito, muito gostoso. Ryu veio para investigar a morte do híbrido e conversar com Jane sobre o que ocorreu na noite em que ela encontrou o corpo.
A atração entre os dois é instantânea e eles não perdem tempo em tirar proveito disso, proporcionando-nos muitas cenas calientes durante a leitura.

À medida que vai descobrindo as coisas, Ryu vai revelando mais a Jane sobre seu mundo e sobre ela mesma, inclusive coisas sobre sua mãe. Mais assassinatos acontecem e ele acha que não há outra solução senão levar Jane até o Complexo do mundo dele, onde grande parte dos seres fantásticos vivem e trabalham, para poderem esclarecer algumas coisas.

É nessa viagem com Ryu que Jane se transforma de uma moça amedrontada e cheia de mágoas numa mulher segura e corajosa, libertando-se de seu passado e começando a conhecer mais sobre si mesma, suas origens.

Bem, de um modo geral eu gostei do livro. No entanto, não gostei de a autora misturar várias criaturas numa mesma história. Ela acabou fazendo uma salada de seres fantásticos, mencionando vários, sem dar muitos detalhes sobre nenhum. O que me fez recordar do motivo de eu não gostar de livros sobre fadas e de não ter gostado de Cidade dos Ossos. Percebam, não estou dizendo que o livro é ruim, estou dizendo que EU não gosto de histórias assim.

Também fiquei incomodada com certas frases do livro, do tipo “Mocinha... eu comeria você todinha, de uma garfada só” ou Na verdade gosto de você porque toca minha periquita como Jimmy Hendrix tocava guitarra”. Sei lá, não é o tipo de linguajar que me atraia numa leitura. Achei esses comentários completamente desnecessários e não acho que um autor precise se valer de tal artifício para prender um leitor. Minha opinião, apenas.

Mas gostei muito de Ryu! E como não gostar? Ele tem aquele jeito todo doce, safado, brincalhão... é o personagem que mais me ganhou na história. A própria Jane é interessante, com uma história marcada por tragédias e, ainda assim, tentando encontrar seu lugar no mundo.

Concluindo, apesar ter me incomodado com uma coisa ou outra, achei a história bem legal e estou curiosa para saber sobre como as coisas vão se desenrolar agora, devido ao final do livro, com muitas coisas para serem colocadas em pratos limpos. Eu ri em muitas partes e realmente me apaixonei por Ryu, embora desconfie de que ele vá partir meu coração futuramente.

Não recomendo a leitura para menores, obviamente, mas recomendo para quem gosta desse estilo. :)

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