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A livraria mágica de Paris - Nina George

Título original: The little Paris Bookshop
Autora: Nina George
Editora: Record
Páginas: 308


“– Os livros podem fazer muitas coisas, mas não tudo. As coisas mais importantes a gente deve viver. Não ler. Preciso… vivenciar meu livro”.



Jean Perdu é um homem com seus cinquenta e poucos anos de idade, dono de uma livraria – que fica num barco! – no centro de Paris, cujo nome é Farmácia Literária. E a originalidade não termina aí. Ele possui um dom: consegue ler as pessoas de uma maneira tão profunda, que sabe indicar com exatidão o livro que a fará se sentir melhor naquela hora e mudar a sua vida. Assim, da mesma maneira que um médico diagnostica uma pessoa doente e lhe receita remédios, Jean diagnostica a alma doente e lhe receita um livro.
No seu dia-a-dia ele vê e conversa com muitas pessoas – sem contato físico, por favor! –, mas é no interior de seu apartamento que descobrimos o quanto ele é – e se sente – solitário.
Há 20 anos, Manon, a mulher que ele amou de todo o seu coração, abandonou-o sem dar explicação nenhuma. Pouco tempo depois ela lhe enviara uma carta, mas Jean nunca se sentiu preparado para saber o motivo de sua partida, de modos que duas décadas se passaram e aquele envelope permaneceu trancado em uma gaveta de uma mesa esquecida.
Até que Catherine, sua nova vizinha, aparece na história e convence-o de que ele deveria ler a carta, para que o passado não pudesse mais dominar a sua vida.
O conteúdo da carta teve um efeito tão devastador sobre a vida de Jean que ele sentiu que sufocaria naquele lugar. Assim, deu a partida em seu barco-farmácia-livraria e seguiu pelas águas do rio Siena, sem rumo, levando consigo uma companhia de última hora: o jovem escritor Max, que vinha sofrendo de um bloqueio criativo e necessitava desesperadamente de uma aventura para reencontrar a sua inspiração.
E o que começou como uma busca para uma cura acabou por se tornar uma incrível jornada de grandes descobertas para dentro de si mesmo.


A livraria mágica de Paris é, sobretudo, um livro sobre livros, mas também é muito mais do que isso. Relacionamentos há muito perdidos e lembrados, culpa, perdão, amizade, seguir em frente, pessoas, animais, vinhos... tudo isso tem lugar nesse livro tão pequeno que traz dentro de si uma imensidão.
Com ele eu pude viajar pelo interior de Paris, ao longo do Sena, até vários outros vilarejos descritos tão rica e detalhadamente, que pareciam saídos da tela de um pintor. A ideia da autora de escrever sobre uma farmácia literária foi ao mesmo tempo brilhante e cativante, fazendo com que todo amante de livros se deleite pelas prateleiras e indicações de Jean. 
A história da amizade que nasce e se fortalece entre Jean e Max é tão ricamente contada, que se torna impossível para o leitor não se ver no meio dessa jornada, especialmente guiado por uma narrativa tão repleta de poesia.
É o primeiro livro de Nina George que eu leio, mas certamente não será o último. A beleza da escrita dessa mulher me conquistou de uma maneira que há muito não me acontecia.
Mais do que uma aventura lindamente contada, A livraria mágica de Paris é um livro para almas sensíveis e para os apaixonados por livros. Recomendo!



Mentirosos - E. Lockhart




Título original: We were liars
Autora: E. Lockhart
Editora: Seguinte
Páginas: 272

Uma carta de amor - Nicholas Sparks

Título original: Message in a bottle
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Arqueiro
Páginas: 288
Sinopse: Há três anos, a colunista Theresa Osborne se divorciou do marido após ter sido traída por ele. Desde então, não acredita no amor e não se envolveu seriamente com ninguém. Convencida pela chefe de que precisa de um tempo para si, resolve passar férias em Cape Cod. Durante a semana de folga, depois de terminar sua corrida matinal na praia, Theresa encontra uma garrafa arrolhada com uma folha de papel enrolada dentro. Ao abri-la, descobre uma mensagem que começa assim: “Minha adorada Catherine, sinto a sua falta, querida, como sempre, mas hoje está sendo especialmente difícil porque o oceano tem cantado para mim, e a canção é a da nossa vida juntos.” Comovida pelo texto apaixonado, Theresa decide encontrar seu misterioso autor, que assina apenas “Garrett”. Após uma incansável busca, durante a qual descobre novas cartas que mexem cada vez mais com seus sentimentos, Theresa vai procurá-lo em uma cidade litorânea da Carolina do Norte. Quando o conhece, ela descobre que há três anos Garrett chora por seu amor perdido, mas também percebe que ele pode estar pronto para se entregar a uma nova história. E, para sua própria surpresa, ela também. Unidos pelo acaso, Theresa e Garrett estão prestes a viver uma história comovente que reflete nossa profunda esperança de encontrar alguém e sermos felizes para sempre.


- Nada que valha a pena é fácil. Lembre-se disso.




Theresa Osborne é uma jornalista focada em seu trabalho e vive para sua carreira e seu filho – Kevin, de 12 anos –. Desde que se divorciou de seu marido, há três anos, ela nunca mais teve ninguém. Tanto o trabalho quanto Kevin lhe consomem muito tempo e, apesar de se sentir sozinha às vezes, ela não se animava muito a embarcar em outro relacionamento.

Deanna, sua melhor amiga e chefe no jornal, insistiu para que Theresa fosse com ela e o marido passar as férias de verão na praia, em Cape Cod. Como Kevin estava viajando com o pai, ela acabou aceitando e, para sua surpresa, adorando. Saía com Deanne para fazer compras, lia, conversavam bastante... e toda manhã, Theresa podia ir correr na praia.

Numa dessas corridas, ela acaba encontrando uma garrafa na areia. Ao se aproximar para verificar, viu que o inusitado lhe batia à porta: a garrafa continha uma carta, lindamente escrita para uma mulher chamada Catherine, cheia de amor e saudade, assinada por um Garret.

Tanto Theresa quando Deanna se derreteram ao ler a carta e decidiram que a publicariam no jornal, na coluna de Theresa. A intenção delas era a de tocar as pessoas com aquelas lindas palavras, mas o que aconteceu foi muito além disso. De alguma maneira, Theresa acabou sendo guiada a outras cartas de Garret, escritas anos antes, o que a deixa muito, muito curiosa para saber quem é esse homem tão apaixonado.

Depois de muito procurar e perguntar, ela acaba descobrindo de onde é Garret e onde ele trabalha, e parte para conhecê-lo.

Ela só não esperava que fosse se apaixonar por ele.


Este não é o primeiro livro do Sparks que leio, já li outros e gosto muito de seus romances e sua escrita. Sim, a maioria é triste e faz a gente chorar, e sim, eu gosto mesmo assim. E choro muito também.

Não chorei lendo este livro, mas gostei muito da história, me tocou bastante.

Garret e Theresa acabam formando um casal, é claro – e isso não é spoiler –, mas não um casal perfeito. Os dois estão com medo de se envolver, de terem um relacionamento e há uma série de barreiras que ambos precisam transpor. Precisam reaprender a arte de conviver com outra pessoa, de ceder em determinados momentos e de como a vida a dois é linda, mas que é necessário esforço de ambas as partes para que ela possa dar certo.

Há paixão, há angústia, há amor, há discordâncias... Mas apesar de tudo o amor sempre acaba vencendo.

Junto ao romance, nós também temos algumas lições para refletir a respeito.

Uma carta de amor é um livro simples e emocionante.

Este livro, apesar de ser lançamento aqui, já foi lançado há muitos anos lá fora e, como sempre, tem um filme baseado nele. Ainda não vi, mas o trailer segue abaixo:




Recomendo muito a leitura!







Por um momento apenas - Bella Andre

Título original: From this moment on
Autora: Bella Andre
Editora: Novo Conceito
Série - The Sullivans #2
Páginas: 272
Sinopse: Durante 36 anos, Marcus Sullivan fora o irmão mais velho, ajudando a cuidar de seus sete irmãos após a morte do pai, quando ainda eram crianças. No entanto, quando o futuro perfeito que ele planejara para si próprio transformou-se em nada além de uma mentira, Marcus precisa de uma noite de loucura para se esquecer de tudo.Nicole Harding é conhecida no mundo todo por apenas um nome — Nico —, graças à sua música pop contagiante. No entanto, o que ninguém sabe sobre essa cantora de 25 anos é que sua imagem de símbolo sexual é totalmente falsa. Depois de ter sido terrivelmente traída por um homem que amava a fama mais do que a ela, jurou nunca mais deixar ninguém se aproximar a ponto de descobrir quem ela realmente é... ou de magoá-la novamente. Principalmente aquele homem maravilhoso que Nicole conhecera em uma boate, ainda que o desejo — e as promessas transgressoras — em seus olhos negros a fizessem querer revelar todos os seus segredos. Uma noite é tudo o que Nicole e Marcus concordam em compartilhar um com o outro. Contudo, nada acontece como planejado quando, em vez de uma simples relação carnal, descobrem-se ligados de uma forma pela qual nenhum dos dois esperava. E, embora tentassem lutar contra isso, os sentimentos incontidos — e a atração profunda — os aproximava cada vez mais. Bella Andre nos presenteia com o segundo volume desta série sensual e romântica, em que o amor pode tornar um simples encontro algo quente para sempre...


Segundo livro da série Os Sullivans, este é sobre Marcus, o mais velho dos 8 rebentos da família.

Marcus Sullivan tem 36 anos e o sonho de sua vida é formar uma família tão linda e grande como a sua. Acho que isso se deve ao fato de ele ter perdido seu pai quando ainda era muito jovem e ter que assumir os outros irmãos para ajudar a sua mãe. Marcus ajudou a criar todos eles e também se sente meio que pai deles.

Há dois anos ele vinha namorando com Jil e acreditando que ela seria a mulher que realizaria seu sonho. Porém, ao pegá-la na cama com outro, seus sonhos foram desfeitos e ele ficou machucado, perdeu as esperanças e não queria se envolver tão cedo com outra mulher. Então resolveu sair pra farra e dar uns pegas numa desconhecida, pra descarregar a frustração.

Aí nós temos Nicole Harding, a super popstar de 25 anos, conhecida como Nick.

Para mídia, Nick não passa de uma safadinha baladeira e sua fama não é das melhores. No entanto, a moça teve pouquíssimos namorados e nunca acertou na escolha. Seu último foi quem sujou seu nome e espalhou coisas a seu respeito que não eram verdade, o que a machucou muito e fez com que ela preferisse levar uma vida solitária, apesar do que diziam dela.  Só que um dia ela resolveu jogar tudo pro alto e decidiu fazer jus à sua fama. Ia sair por aí e encontrar um cara pra passar a noite.

E pronto. Eis que Marcus e Nick se cruzam. Ambos machucados, desconfiados e querendo afogar as mágoas em meio aos lençóis por apenas uma noite.
Mas, como nós bem sabemos, a coisa não para por aí. A atração entre os dois é fortíssima e, embora ambos afirmem o tempo todo para si mesmos que não podem e não querem se apaixonar, não há como evitar e agora eles não sabem o que fazer.

Por um momento apenas é bem legalzinho. Acho que gostei mais desse livro pelo fato de Marcus ser um homem já maduro, embora, depois de apaixonado, ele tenha ficado meio tonto.  A história é previsível e a gente já sabe o final mesmo antes de começar a ler, mas vale a leitura, porque distrai bastante e há umas cenas bem interessantes pra atiçar a imaginação.. rsrs.

Embora Os Sullivans seja uma série, cada livro é sobre um dos irmãos e pode ser lido de forma independente. O primeiro livro é Um olharde amor.


Gostei!








Corações feridos - Louisa Reid

Título original: Black heart blue
Autora: Louisa Reid
Editora: Novo Conceito
Páginas: 256
Sinopse: Hephzibah e Rebecca são irmãs gêmeas, mas muito diferentes. Enquanto Hephzi é linda e voluntariosa, Reb sofre da Síndrome de Treacher Collins — que deformou enormemente seu rosto — e é mais cuidadosa. Apesar de suas diferenças, as garotas são como quaisquer irmãs: implicam uma com a outra, mas se amam e se defendem. E também guardam um segredo terrível como só irmãos conseguem guardar. Um segredo que esconde o que acontece quando seu pai, um religioso fanático, tranca a porta de casa. No entanto, quando a ousada Hephzibah começa a vislumbrar a possibilidade de escapar da opressão em que vive, os segredos que rondam sua família cobram-lhe um preço alto: seu trágico fim. E só Rebecca, que esteve o tempo todo ao lado da irmã, sabe a verdadeira causa de sua morte... Hephzi sonhara escapar, mas falhara. Será que Rebecca poderia encontrar, finalmente, a liberdade?

Rebecca e Hephzibah são duas irmãs gêmeas de 17 anos, que vivem trancadas em casa, isolada do mundo.  Seus pais são fanáticos religiosos. O pai é um pastor. Dentro da igreja ele é um encanto, mas nos fundos, na casa paroquial onde moram, é o próprio demônio. E a mãe simplesmente não se importa.

Além de viver horror dentro de casa, Rebecca ainda tem um outro problema: ela nasceu com a Síndrome de Treacher Collins, uma doença genética caracterizada por deformações no crânio e na face. Assim, enquanto Hephzibah era linda, Rebecca, aos olhos dos demais e, por vezes, da própria irmã, era uma aberração.

Elas nunca tiveram amigos e nunca estudaram fora de casa. Quem lhes ensinava e estudava com elas era a mãe. Porém, ao chegarem à adolescência, Hephzibah conseguiu convencer seu pai a deixá-las fazerem o ensino médio numa escola normal.

Então, de repente, um mundo se abria diante delas. Não sabiam nada da vida, não tinham convívio social, nem sabiam como se portar. No entanto, para Hephzibah as coisas eram mais fáceis. Ela era bonita, voluntariosa e aventureira, cheia de curiosidade e vontade de ganhar sua liberdade. Já para Rebecca, apesar de ela também desejar ser livre, tudo era mais difícil. Além de sua aparência afastar as pessoas, ela também era retraída e não falava com ninguém. Tinha vergonha de abrir a boca e as pessoas verem como eram seus dentes. 

Enquanto Hephzibah fazia amigos e até namorava, Rebecca vivia sempre sozinha e apanhava no lugar da irmã.

Mas essa felicidade não dura tanto. Hephzibah acaba morrendo e Rebecca fica sozinha para enfrentar o mundo e a ira de seu pai. Um segredo está para ser revelado e suas consequências são muito graves.

Eu sinceramente não sei como falar sobre esse livro. O livro é ótimo, muito bem escrito, com uma narrativa e uma trama muito bem construídas. Mas o terror psicológico é demais. Li o livro em um dia, mas depois disso precisei dar um tempo nos livros pra digerir essa história. Tive que me distrair com outras coisas pra me livrar da sensação ruim que ficou. Não porque o livro seja ruim, mas porque a história nos envolve demais. Se a história é boa, eu me envolvo muito fácil e depois fico dias convivendo com os personagens.

É angustiante ler sobre a vida desgraçada das duas meninas e ver que ninguém fazia nada para ajudá-las. E também revoltante ler sobre a conduta nojenta de seus pais.

Alternando a narrativa entre os pontos de vista de Rebecca e Hephzibah, Louisa Reid consegue, em seu romance de estreia, nos surpreender com seu thriller psicológico.

Recomendo!





Divergente - Veronica Roth


Título original: Divergent
Autora: Veronica Roth
Editora: Rocco
Trilogia: Livro 1
Páginas: 504
Sinopse: Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.

O mundo já não é mais o mesmo.
Numa Chicago futurista, a população se divide em 5 facções: Abnegação, Audácia, Amizade, Franqueza e Erudição. Seus respectivos membros têm a principal virtude característica de cada uma. Os da Abnegação, sempre pensam primeiro nos outros e se esquecem de si mesmos. Os da Audácia vivem desafiando a vida e os perigos. Eles não descem de trens, eles saltam dos trens ainda em movimento. Os da Amizade prezam a harmonia acima de tudo e estão sempre felizes e simpáticos. Os da Franqueza não têm papas na língua e nunca mentem (bem, ao menos era pra ser assim). E os da Erudição são guiados pelo perigoso desejo do conhecimento, sempre estudando, sempre querendo saber mais.

Todos têm seus trabalhos e suas funções determinadas segundo a facção a que pertencem e há muito tempo que vivem em harmonia seguindo esse padrão, com cada uma delas cumprindo seu papel e obedecendo às suas leis.

Os filhos permanecem na fação de seus pais até completarem 16 anos. Quando isso acontece, eles precisam passar pela cerimônia de iniciação, para que decidam sobre a qual facção eles querem pertencer, pois, apesar de serem educados segundo as leis e princípios da facção de seus pais, e da expectativa de que escolham permanecer onde estão, com sua família, eles têm a liberdade de escolher para onde ir e, vez ou outra, acontece de algum filho deixar sua família e escolher viver sua vida numa facção diferente – o que é considerado uma grande traição.

Nesse drama todo, nossa protagonista é Beatrice Prior, criada por seus pais na Abnegação, sempre colocando a necessidade dos outros em primeiro lugar e se esquecendo completamente de si. Tanto que ela sequer pode se olhar no espelho, pois isso é considerado vaidade e vaidade é uma forma de egoísmo. Ela só pode ver seu reflexo no espelho quando sua mãe corta seu cabelo, o que acontece mais ou menos a cada três meses. O problema é que Beatrice não se sente tão altruísta assim. Diferente de seu irmão, Caleb, que é um exemplo de solidariedade e amor ao próximo.

Chega o dia da cerimônia e tanto Beatrice quanto Caleb – bem como todos os outros jovens de 16 anos de Chicago – precisam anunciar a qual facção querem pertencer e revelar se escolhem sua família ou sua essência. “Facção acima do sangue” é o lema do evento, mas quantos têm realmente coragem de obedecer isso à risca?

Passado o choque das escolhas de Beatrice e Caleb, agora, separados, eles precisam passar por um rigoroso treinamento. Beatrice muda seu nome para Tris e o tempo todo terá de competir com outros adolescentes para mostrar que aquela facção é seu lugar. E aí ela conhece Quatro, um garoto misterioso por quem ala acaba se interessando muito mais do que gostaria, uma vez que ela tem coisas mais importantes com as quais se preocupar e um segredo perigoso para guardar.

Dos livros de Distopia que eu já li até agora, esse foi o que eu mais gostei! Mais até do que Jogos Vorazes. No entanto, agora que nossa literatura parece viver o bum da distopia, sei que ainda há muitos outros livros tão bons quanto esses para serem lidos. Esse é um novo gênero do qual eu gosto muito! Cada história, apesar seguir o mesmo mote de acontecer num ambiente futurista, tem sua particularidade e traz uma inovação.

Com Divergente não foi diferente. Essa ideia das facções das virtudes foi muito legal, principalmente por causa da reviravolta e da rebelião que acontecem no decorrer da história. Achei o livro emocionante e estou doida para ler a sequência!

E para nosso deleite, o filme estreia em 21 de Março de 2014.

Vejam o trailer.





Recomendadíssimo!










Gone - Michael Grant

Título original: Gone
Autor: Michael Grant
Editora: Galera Record
Série: Livro 1
Páginas: 518
Sinopse: Em um piscar de olhos, todos com mais de 14 anos desaparecem. Restam adolescentes. Pré-adolescentes. Crianças. Nenhum adulto. Nenhum professor, policial, médico ou responsável. Linhas de telefone, redes de televisão e a internet param de funcionar. Não há como pedir ajuda. A fome é intimidante e a violência começa. Os animais parecem estar se transformando, e uma criatura sinistra está à espreita. Os próprios adolescentes estão ficando diferentes, desenvolvendo novos talentos: poderes inimagináveis, perigosos e mortais, que crescem dia após dia. É um mundo novo e assustador. É preciso escolher um lado — e a guerra é inevitável.


Bem-vindos à pequena cidade de Praia Perdida, onde coisas muito estranhas estão começando a acontecer. Ou, melhor dizendo, a serem notadas.

Tudo começa quando, num dia qualquer, todas as pessoas com idade acima de 14 anos simplesmente somem do mapa. Eles pufam, como diria Quinn, um dos garotos da Escola de Praia Perdida, melhor amigo de Sam Temple. Assim, somem do nada, de repente. Numa hora Sam, Quin e seus demais colegas estão entediados na aula, ouvindo o professor falar e em outra ele simplesmente desaparece.

A princípio, isso gera confusão na escola. As crianças ficam sem entender muito bem e a confusão é geral. Então cada um decide correr pra sua casa e procurar pela proteção de seus pais, mas todos acabam descobrindo que os pais também sumiram. Todos os adultos. Ao se darem conta disso, e sem saber muito bem o que fazer, começam a dirigir-se para a praça principal da cidade.

Ao se encontrarem e conversarem, percebem que agora estão sozinhos e não fazem ideia do que vai acontecer. As crianças da creche estão assustadas e não param de chorar, e têm apenas Maria, de 14 anos, para cuidar delas. Maria está muito mais assustada que elas por isso. Outras crianças começam a invadir lanchonetes, lojas e saquear seus produtos. Pronto, o caos se instalou.

Sam, encorajado por Quinn e Astrid – a garota de quem ele gosta –, tenta acalmar a todos e dizer que eles devem descobrir juntos uma forma de ficar bem. Eles teriam que se virar, pois havia muitas coisas para serem resolvidas. Casas estavam pegando fogo por panelas terem sido abandonadas no fogão, bebês esquecidos em casa precisavam ser encontrados, bem como algumas outras crianças, como o irmão de Astrid, o pequeno Pete, cujo paradeiro ninguém sabia.

Como Sam havia salvado algumas crianças de um acidente com um ônibus algum tempo atrás, ele meio que se tornou agora uma esperança para todas as outras nessa confusão toda. No entanto, isso era o que ele menos queria. Principalmente quando ele descobre que precisa enfrentar os alunos da Academia Coates, onde só estudavam alunos problemáticos, e, de quebra, os valentões de sua própria escola.

E, para piorar, havia o fato de que começaram a perceber que havia crianças mutantes entre eles, com os mais variados tipos de poder.

Mas de onde vinha esse poder?
O que houve na cidade?
Como fariam agora para sobreviver a este caos?

(Descubra hoje, no Globo Repórter)

Como perceberam, o livro é cheio de ação, aventura e adrenalina.
As coisas acontecem o tempo todo e você entra no ritmo junto dos adolescentes.
É uma história muito boa, acho que uma das primeiras que foram lançadas aqui no Brasil, com essa temática de crianças que precisam se virar sozinhas e lutar para sobreviver, enfrentando os mais variados tipos de perigos.

Quem leu Jogos Vorazes e não leu Gone, não sabe o que é crueldade e violência, já aviso.
Eu gostei da história por ser bem diferente do que tenho lido nestes últimos tempos e estou curiosa para saber como vai terminar. Admito que o livro é bom, mas eu confesso que não gosto muito de histórias de crianças mutantes ao estilo X-man, rs.

Mas, como eu disse, isso é apenas um gosto meu, o que não quer dizer que o livro seja ruim. Não é. Tanto que lerei os demais. Há muitos personagens na história para serem citados aqui, mas são todos singulares, intrigantes e com suas características marcantes. Há os que nos fazem amá-los e os que nos fazem odiá-los.


Recomendo!






Este foi o livro que a Nanda escolheu pra mim, para ser o primeiro livro a ser lido para o Gêmeas Book Club (Um grupo que a Camila criou no Face, resultante de uma brincadeira entre mim, ela, a Nanda, Luciana, Kellen e Gisele). Todas fazem parte e todas lerão um livro por mês para o "clube". :)




A PROBABILIDADE ESTATÍSTICA DO AMOR À PRIMEIRA VISTA - Jennifer E. Smith

Título originalThe Statistical Probability of Love at First Sight
Autora: Jennifer E. Smith
Editora: Galera REcord
Páginas: 224
SinopseCom uma certa atmosfera de Um dia, mas voltado para o público jovem adulto, A probabilidade estatística do amor à primeira vista é uma história romântica, capaz de conquistar fãs de todas as idades. Quem imaginaria que quatro minutos poderiam mudar a vida de alguém? Mas é exatamente o que acontece com Hadley. Presa no aeroporto em Nova York, esperando outro voo depois de perder o seu, ela conhece Oliver. Um britânico fofo, que se senta a seu lado na viagem para Londres. Enquanto conversam sobre tudo, eles provam que o tempo é, sim, muito, muito relativo. Passada em apenas 24 horas, a história de Oliver e Hadley mostra que o amor, diferentemente das bagagens, jamais se extravia.

Aeroportos são lugares de chegadas e partidas, encontros e desencontros.
Sendo assim, nenhum outro cenário combinaria mais com o momento em que os caminhos de Hadley e Oliver se cruzam.

Hadley tinha 17 anos. Oliver, 18.
Ela está passando por uma crise. Seus pais se separaram há algum tempo e ela estava começando a entender isso quando chegou a notícia de que seu pai se casaria novamente – com a moça por quem ele deixou sua mãe – e que a noiva fazia questão de que ela fosse a madrinha. Hadley chorou, esperneou, mas não teve jeito: lá estava ela, no aeroporto, a caminho de Londres para ser a madrinha no casamento de seu pai, magoada e com raiva.

Na verdade, já era para Hadley estar no avião, mas por causa de 4 MINUTOS de atraso, perdera o voo e terá de esperar pelo próximo, o que a deixa menos animada ainda.

E aí surge Oliver. Ele estava ali o tempo todo, assistindo ao infortúnio daquela garota desconhecida, que agora procurava alguém que pudesse cuidar de sua mala enquanto ela ia ao banheiro.

Oliver se oferece para fazer o favor, ela fica meio desconfiada e desiste de ir, mas agora já é tarde, pois parece que ele decidiu fazer-lhe companhia.

Conversando, eles descobrem que estarão no mesmo voo dali algumas horas. A conversa acaba sendo agradável, então esperam juntos.

E para Hadley, que a princípio desconfiava do garoto, agora era difícil imaginar a viagem sem ele.

Eles conversaram sobre várias coisas. Família, escola, filmes, música. Oliver é encantador, educado e engraçado, o que faz com que ela sinta-se à vontade perto dele.

E de repente ela fica mais feliz, mais segura, porque, por causa daqueles 4 minutos de atraso, sua vida mudaria de um jeito que ela jamais poderia imaginar.

A probabilidade estatística do amor à primeira vista é uma gracinha de livro, bem diferente do que eu imaginava. É uma história curta, se passa em apenas 24 horas, mas ao mesmo tempo em que é leve e gostosa, consegue ser profunda de alguma maneira.

Não é um livro somente sobre amor adolescente. É sobre família, sobre perdão e sobre olhar a vida sob novas perspectivas. E também é sobre começos e recomeços.

Uma narrativa deliciosa, que nos absorve tanto que a gente até se assusta quando chega ao final do livro – sim, porque dá pra ler em poucas horas.

Há quem compare a história com a de Um Dia, mas, sinceramente, eu acho que não tem nada a ver uma com outra. Dexter era imaturo, egoísta e irresponsável, Emma era simplesmente de outro mundo por aturá-lo. Sequer o contexto é parecido. Nada a ver mesmo. Acho que remete mais a Anna e o Beijo Francês, por causa da doçura.

Oliver não poderia ser mais fofo, Hadley não poderia ser mais real. A combinação disso foi o fechar de um livro com um sorriso no rosto e uma lágrima escorrendo no canto do olho.

Enfim, tudo o que eu posso dizer é que eu recomendo muito!




Cotoco - John van de Ruit


cotoco (1)

Pensa na cena: uma garota sentada em um quiosque de um posto de gasolina, esperando o esposo sair do trabalho. Normal. Mas olhe mais de perto e perceba que ela ri sozinha, quando não solta uma tímida gargalhada. O que há com ela? Ela, sou eu e estava lendo Cotoco, de John van de Ruit.
Eu esperava me divertir muito com o Cotoco, mas o livro superou e muito minhas expectativas. Que eu me lembre foi a primeira vez que li algo em forma de diário, até torci um pouco o nariz no começo, mas para minha felicidade a experiência foi muito boa.
Querem conhecer Cotoco? Então vamos lá. John Milton é um menino de 13 anos que acaba de se mudar para um renomado internato para garotos. John ganhou uma bolsa de estudos e por isso consegue a vaga na importante instituição, que depois descobrimos ser, na verdade, mais parecida com um hospício do que com uma escola. Logo nos primeiros dias todos ganham apelidos, o de John é Cotoco porque ainda não desenvolveu suas partes íntimas (não tem pelos e tem um pintinho pequeno), um grande motivo de vergonha e chacota, claro.
Como contei, Cotoco mantém um diário, que é ambientado no ano de 1990, na África do Sul, e é através dele que acompanhamos todas as suas estripulias e de sua trupe. Ah, não posso esquecer de apresentar os companheiros de ala do jovenzinho: Cachorro Doido, Lagartixa, Rambo, Rain Main, Esponja, Simon e Barril, cada um apresenta uma esquisitice diferente e por conta do que aprontam são nomeados os Oito Loucos. O grupo se mete em cada enrascada, apronta cada uma que é impossível não cair na gargalhada. Juntos tomaram banhos proibidos na represa de madrugada, foram perseguidos pelos seguranças, seus cães e na fuga o pobre Barril ficou preso na janela da capela, precisando de uma bela desculpa, inventada por Rambo, para se safar de umas chibatadas; eles também tentam desvendar um misterioso suicídio que ocorreu na escola, colocaram o pobre Cachorro Doido com colchão e tudo para dormir no pátio, isso sem que ele acordasse; invadiram a cozinha, roubaram comida de que nem precisavam e, o mais incrível, presenciaram a quebra de recorde do peido mais longo da escola, feito realizado por Barril (foram 30 segundos, pasmem!).
Durante este período de conhecimento, mistérios e aventuras, Cotoco é arrebatado pelo seu primeiro amor. A Sereia que rouba o seu coração. No entanto, após conseguir um papel super importante na peça realizada pela escola e pela St. Catherine, uma instituição semelhante à de Cotoco, frequentada apenas por meninas, que elas o ouvem cantar e que conhece Amanda, tudo vira uma confusão. Seu coração bate forte, mas ele já não sabe mais quem é a responsável por isso.
A família de Cotoco é um capítulo à parte, uma loucura total. O pai é doido de pedra, cismado com tudo, começa com os cachorros do vizinho e continua com a libertação de Mandela (ele pensa que Mandela vai se vingar de todos os brancos e matá-los), seu envolvimento com a polícia é contínuo. Já a mãe pensa que a empregada, chamada Innocence, é uma cafetina e que usa sua casa para os trabalhos. Uma das verdades é que ela vende umas bebidas estranhas. Ambos, os pais de Cotoco, gostam de beber vinho e constantemente fazem o filho passar vergonha seja nos jogos de críquete ou rúgbi ou ainda em outras visitas à escola. Sem falar dos casos nos shoppings e na própria rua em que moram. A avó, Wombat, é outra doida de pedra, sempre acha que tem alguém querendo roubá-la e conta as mesmas histórias repetidamente. Olha, Cotoco precisa ser muito forte para não seguir o mesmo caminho dos parentes e das pessoas que o cercam, do contrário vai bater pino, como costuma escrever em seu diário.
Cotoco é um livro empolgante, divertido e diferente de tudo o que eu havia lido. Fiquei emperrando sua leitura porque não queria me despedir dele, de suas travessuras, de sua família maluca e dos doidos que convivem com ele. Bem, acho que sei por que no fundo não queria terminar de ler Cotoco. Bem lá escondido, eu sabia que a vida não era sempre divertida e que nunca tudo fica 100% por muito tempo, sabia que a história de Cotoco me faria chorar. Incrível como um livro que me fez rir tanto, fez com que eu derramasse tantas lágrimas faltando apenas algumas páginas para o fim.

spudthemovieFoto dos atores que interpretarão os Oito Loucos no cinema. O filme tem estreia marcada para dezembro!

Cotoco tornou-se o irmãozinho mais novo que eu nunca tive. Senti orgulho com seu sucesso no teatro, roí as unhas com suas confusões e fiquei em pânico por não poder ajudá-lo quando precisou de mim. Mas acima de tudo, ri muito com ele e sempre que pude, compartilhei com quem estava próximo de mim alguns trechos do livro.
Cotoco vai ficar na memória, lá naquelas boas, que a gente sempre gosta de lembrar.
Beijos!!

*Post originalmente publicado no blog Tudo O Que Me Interessa.
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